Em declarações no final da reunião entre a delegação do PS e o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, concluindo a ronda de audiências aos partidos com assento parlamentar, o ‘número dois’ da direção socialista, acompanhado pelo líder parlamentar, Eurico Brilhante Dias, recordou que “os portugueses confiaram ao PS uma maioria absoluta” e que essa confiança tem tido tradução, pelo executivo chefiado por António Costa, na condução firme da resposta a um contexto exigente, em particular devido aos efeitos da guerra na Ucrânia.
João Torres começou por evidenciar, no plano económico, que “felizmente a inflação dá algumas notas de abrandamento mais sólido e mais sustentado”, uma evolução que permite observar, de forma mais consolidada, que, depois de enfrentar os efeitos da pandemia, “estamos a sair de uma nova crise que tivemos de coletivamente enfrentar”.
“Tudo isto aconteceu apesar de termos uma oposição que manifestamente não tem estado à altura das suas responsabilidades. Esta é uma oposição que não é capaz de concordar, que não é capaz de reconhecer nenhum mérito, nenhuma boa notícia para o país, mesmo no contexto difícil que atravessamos”, sublinhou.
O dirigente socialista apontou, de seguida, que o PS é mesmo “verdadeiramente uma maioria de diálogo”, assinalando que “tem sido notória a capacidade do Governo de ouvir, de auscultar e de envolver, para procurar as melhores soluções”.
Sinal inequívoco da capacidade de diálogo por parte da maioria parlamentar do PS, de acordo com João Torres, é ainda o facto de “a esmagadora maioria dos diplomas aprovados” na Assembleia da República ter tido “a participação de pelo menos uma outra formação político-partidária”.
Oposição sem alternativa construtiva
Um caminho de diálogo, observou, que não apenas desconstrói as críticas que têm sido dirigidas aos socialistas, como contrasta com a postura com que a oposição se tem apresentado no debate dos principais temas que interessam ao país.
“Esta é também uma oposição que é incapaz de intervir construtivamente no debate público, no espaço público, e que por isso falha a sua missão de se constituir como uma alternativa política para o nosso país”, acrescentou.
Esta é ainda uma oposição, disse João Torres, que tem recorrido, sistematicamente, “ao uso da desinformação e do enviesamento do debate público e mediático”, o que foi uma vez mais evidente, por parte de alguns partidos, “ao longo dos últimos dias, a propósito do tema da corrupção”.
Mensagem de otimismo e confiança
O Secretário-Geral Adjunto do PS apontou, depois, a evolução da economia como resultado de “boas políticas” do Governo e anteviu que Portugal continuará “no pelotão da frente” do crescimento económico na União Europeia.
João Torres destacou também os números do emprego e assinalou que “a taxa de pobreza e de exclusão social foi tão baixa” em Portugal, realçando a ação do executivo socialista face à “crise inflacionista”, com medidas como o IVA zero sobre produtos alimentares considerados essenciais e os aumentos de pensões e salários da função pública.
Razões que motivaram o Secretário-Geral Adjunto socialista a salientar que o PS transmitiu ao chefe de Estado, nesta audiência, que encara “com otimismo e com confiança o momento presente e o futuro” do país.