PS sublinha que indicadores apontam para confiança no desconfinamento gradual
“Todos os indicadores permitem ilustrar que o desconfinamento, pese embora estarmos a assentar esta análise sobre dados que são muito precários, permitem concluir que devemos continuar a ter confiança neste processo de desconfinamento gradual, objeto de observação e de controlo no modo como implementamos, como monitorizamos e avaliamos as medidas”, sustentou José Luís Carneiro, no final de mais uma reunião sobre a situação epidemiológica no Infarmed.
Apesar dos dados não permitirem ainda “olhar para uma tendência consolidada”, eles “ilustram um nível de confiança relativo ao desconfinamento”. “Ou seja, foi possível verificar que, pese embora termos realizado o desconfinamento gradual das atividades sociais e também económicas, os indicadores são positivos, nomeadamente os indicadores relativos ao recurso às unidades hospitalares, ao recurso às unidades de cuidados intensivos e também relativamente ao indicador de contágio, assim como a redução no número de mortes”, acrescentou.
José Luís Carneiro assinala que “daqui se pode extrair” que Portugal deve “continuar a fazer este percurso de caminhar e medir”.
“E muito relevante que, como comunidade nacional, sejamos capazes de perceber que o desconfinamento tem efeitos na manutenção e no contacto com esta epidemia, e no contágio, e que importa garantir é que este contágio está sob controlo das autoridades de saúde e também temos condições para garantir o acompanhamento e tratamento nas unidades do Serviço Nacional de Saúde”, considerou.
O socialista pediu, mais uma vez, que os portugueses adotem uma “cultura de compreensão e solidariedade”, evitando “comportamentos que estigmatizem” quem tiver contacto com a doença, porque “o mais natural, com o desconfinamento, é que haja uma progressão” do número de infetados.
O secretário-geral-adjunto do PS adiantou ainda que “na próxima semana” os partidos vão “receber informação por escrito das autoridades de saúde”, o que vai permitir “ter um conhecimento mais aprofundado dos efeitos do desconfinamento”. Depois, em junho, será possível “avaliar com outra integração de dados e com outra visão sistémica o modo como o desconfinamento transmite confiança para continuar a avançar”, acrescentou.