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PS será oposição forte a estratégias económicas e fiscais erradas

PS será oposição forte a estratégias económicas e fiscais erradas

Apostado na necessidade urgente de uma estratégia de diversificação da economia nacional, Pedro Nuno Santos considera o recém-lançado programa económico da direita no poder “uma profunda desilusão que não vislumbra qualquer potencial transformador”.

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O líder socialista falava, esta manhã, à margem da visita que realizou à Almadesign, em Paço de Arcos, Oeiras, uma empresa com soluções nas áreas da mobilidade, saúde e equipamentos industriais.

Na ocasião, o Secretário-Geral do PS manifestou forte oposição ao rumo fiscal e económico que o executivo de Luís Montenegro tem seguido, avisando que a insistência do governo em estratégias erradas está a tornar cada vez mais inviável uma aproximação com os socialistas em matéria orçamental.

“Aquilo que o governo tem feito nestes últimos meses afasta muito o PS. Os anúncios são de medidas erradas, que não só custam muito ao erário público, como não vão resolver os problemas dos portugueses”, explicou, exemplificando com a projetada redução progressiva do IRC.

A este propósito, advertiu que a estratégia fiscal do governo fere a justiça social e não estimula a transformação económica, algo que, disse, “gera dificuldades de entendimento ao nível político”, com o debate da proposta de Orçamento do Estado para 2025 já em outubro.

Aconselhando o governo a fazer “um esforço muito grande” para garantir a sua própria sustentabilidade, uma vez que não tem maioria absoluta no Parlamento, Pedro Nuno Santos garantiu que os socialistas não se colocam de fora na solução dos problemas do país.

“Mas isso passa por denunciar o que está errado e não por viabilizar o que é errado”, avisou, vincando que “o que tem acontecido nos últimos meses não ajuda nada”.

Perante os jornalistas, o Secretário-Geral do PS referiu-se também à “importância de haver contas públicas equilibradas”, lembrando que “foi essa a situação deixada ao atual governo” pelo anterior executivo socialista.

Governo caminha no sentido errado

Pedro Nuno Santos voltou a insurgir-se contra um plano fiscal e económico que “custa muito e só beneficia alguns, uma minoria”.

Neste ponto, lembrou que o país tem assistido a muitos anúncios de medidas, parte das quais sem qualquer estimativa de impacto orçamental.

Já as que têm estimativa orçamental, criticou, “possuem um peso significativo no erário público e são injustas ao promoverem desigualdade e retirarem a capacidade ao Estado português para fazer face aos compromissos”.

Depois, voltou a explicar que o facto de “apenas algumas muito grandes empresas poderem beneficiar da redução do IRC” irá trazer prejuízos no plano macroeconómico, representando uma muito significativa quebra na receita fiscal do país.

Considerando também erradas as reduções de IRS propostas pelo governo, ao beneficiarem os que mais ganham, Pedro Nuno Santos resumiu: “Temos um governo a caminhar no sentido errado do ponto de vista orçamental, na distribuição do esforço [fiscal] e no objetivo de Portugal ter uma economia avançada”.

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