Sublinhando que o discurso do chefe de Estado, proferido por ocasião do 111º aniversário da Implantação da República, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa, representa, simultaneamente, uma mensagem “de confiança” e “de responsabilidade”, José Luís Carneiro saudou a visão, que o PS partilha, de uma República “viva”.
“Somos, como o senhor Presidente da República, a favor de uma República viva, o que significa também, no nosso entendimento, que é uma mensagem que co-responsabiliza a cidadania e que reafirma os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade”, declarou o ‘número dois’ da direção socialista, que falava na sede da Federação do PS do Porto
Referindo que tal representa uma “visão do desenvolvimento assente no conhecimento em que cada cidadão e cada cidadã possam participar na construção do devir coletivo, procurando uma sociedade que seja mais desenvolvida, que seja mais competitiva e que seja simultaneamente mais inclusiva”, o Secretário-geral adjunto do PS destacou e partilhou a preocupação de “combater as injustiças”, “combater a pobreza” e “combater as desigualdades”.
“É uma intervenção que está muito de acordo com aquilo que é a nossa agenda reformista que está presente no nosso Plano de Recuperação [e Resiliência], bem como no Quadro Financeiro Plurianual e tem em vista enfrentar os desafios da pobreza e das desigualdades, enfrentar o desafio da transição climática e da transição digital e ainda enfrentarmos, de uma forma coletiva, os desafios da demografia”, afirmou.
José Luís Carneiro considerou ainda que a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa foi também de “responsabilidade coletiva”, lembrando que recentemente as eleições autárquicas de 26 de setembro serviram para “revigorar a democracia local”.
“Os autarcas são aquela semente que diariamente rejuvenesce a nossa República e é o momento de todos os autarcas, independentemente dos partidos por que foram eleitos, aproveitarem agora os novos mandatos para acompanharem as novas transferências de competências e de atribuições, assumindo novas responsabilidades”, disse, em alusão ao novo ciclo que o país terá pela frente nos próximos anos.
O Secretário-geral adjunto do PS acompanhou também, neste ponto, o imperativo enunciado pelo Presidente da República, quanto ao rigor e exigência para a boa aplicação dos novos instrumentos de que Portugal irá dispor.
“Uma aplicação transparente, rigorosa e exigente dos fundos europeus, porque é com eles que poderemos transformar e modernizando o Estado, a sociedade, modernizando a economia e as empresas”, afirmou.