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PS saúda aprovação da lei que permite mudança de género no registo civil aos 16 anos

PS saúda aprovação da lei que permite mudança de género no registo civil aos 16 anos

A lei hoje aprovada “não tem nada a ver com operações e questões de saúde” e confere proteção a crianças que “nascem com ambiguidade sexual” e apoio às famílias. A clarificação é da deputada do PS Catarina Marcelino, que lamentou as confusões que têm sido alimentadas pela direita sobre esta matéria.
PS saúda aprovação da lei que permite mudança de género no registo civil aos 16 anos

A deputada falava do diploma que permite a mudança de género a partir dos 16 anos, sem relatório médico, hoje aprovado com votos favoráveis de PS, BE, PEV e PAN, contra de PSD e CDS-PP e abstenção do PCP.
O diploma “permite a pessoas que existem, que são reais, de carne e osso, a possibilidade de terem uma vida melhor e mais feliz”, ao possibilitar a mudança do nome e do sexo no cartão de cidadão a partir dos 16 anos, explicou. Para a parlamentar é tempo de congratulação, já que a lei, agora aprovada, permite a mudança por autodeterminação. “Todos sabemos quem somos, desde sempre”, justificou a deputada, que enquanto secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade entre 2015 e 2017, coordenou o trabalho que levou à proposta de lei com os ministérios da Justiça, Educação e Saúde.
O texto final, que resulta de uma proposta do Governo e de projetos do BE e PAN, vai permitir que maiores de 16 anos possam alterar o seu género e nome próprio no registo civil, apenas mediante requerimento e sem necessidade de recorrer a qualquer relatório médico. Entre os 16 e os 18 anos, este procedimento terá de ser autorizado pelos representantes legais.
O diploma proíbe ainda, “salvo em situações de comprovado risco para a saúde”, intervenções cirúrgicas ou farmacológicas que impliquem alterações do corpo ou características sexuais dos bebés e crianças intersexo.
No plenário, a deputada Isabel Moreira confessou-se emocionada e classificou a aprovação deste diploma como “um passo histórico no reconhecimento ao direito da autodeterminação de género e proteção de características sexuais de cada pessoa”.
“O Grupo Parlamentar do PS honra todas as pessoas ‘trans’, a conquista é em primeiro lugar deles”, afirmou Isabel Moreira, que assegurou que a bancada socialista continuará a prosseguir o caminho iniciado pela lei “nas escolas, serviços de saúde e mudança de mentalidades”.