O PS convidou este sábado um conjunto de personalidades da área da saúde para um encontro na Sede Nacional, em Lisboa, tendo como tema central o Serviço Nacional de Saúde (SNS), com o Secretário-Geral socialista, Pedro Nuno Santos, a garantir no final da reunião que “o PS nunca desistirá do SNS”, um serviço, como defendeu, que “permite que todos os portugueses, independentemente das suas condições financeiras, sejam tratados e com qualidade”.
Reconhecendo que estes não são dias de especial alegria e sobretudo de exaltação para quem, como o PS, sempre defendeu o SNS, Pedro Nuno Santos não deixou, contudo, de garantir que os socialistas, em momento algum, deixarão de continuar a apostar e de investir no serviço público de saúde, criticando a posição anunciada por alguns partidos de quererem desistir do sistema.
A nota que sai deste encontro, sublinhou o líder socialista, “é a de muita confiança no futuro do SNS” e de otimismo perante as “boas ideias e as boas propostas” apresentadas, algumas das quais, como referiu, plasmadas no programa eleitoral que o PS “deverá divulgar no próximo mês de fevereiro”.
Neste encontro dedicado à saúde, ao qual outros se seguirão sobre outras áreas no âmbito da construção do programa eleitoral para as eleições legislativas de 10 de março, participaram, entre outras personalidades, os antigos diretores-gerais de Saúde, Graça Freitas, Francisco George e Constantino Sakellarides, o antigo ministro Correia de Campos e os médicos Daniel Sampaio, Eduardo Barroso e Álvaro Beleza.
Reforma em curso
Aos jornalistas, Pedro Nuno Santos voltou a recordar a reforma de reorganização e gestão do SNS que está em curso, admitindo, contudo, “o muito que há ainda a fazer”, e que muito do que é feito “ainda não é feito de forma suficiente”.
São os casos, segundo o líder socialista, da saúde oral e da saúde mental, áreas como salientou, em que o SNS “ainda não presta um serviço suficientemente satisfatório”, estendendo as dificuldades também aos cuidados de saúde primários e ao envelhecimento, considerando que o serviço público de saúde “tem de se adaptar e de dar resposta a uma população mais envelhecida”.
O que queremos e defendemos, disse ainda Pedro Nuno Santos, “é ver o SNS defendido e protegido, valorizando os médicos e os restantes profissionais de saúde”, designadamente, como destacou, “olhando para as suas carreiras e encontrando soluções para quem trabalha no SNS”, continuando a ponderar novas respostas para os novos problemas, assumindo que o SNS “é um dos principais ativos que o povo português tem e que o PS quer defender”.