home

PS rejeita cortes cegos nos transportes públicos

PS rejeita cortes cegos nos transportes públicos

joaoribeiro_031011_025.jpgO PS exigiu hoje ao Governo que esclareça com urgência qual a sua posição sobre o plano de reestruturação dos transportes públicos, advertindo que os utentes não podem continuar confrontados com “rumores” sobre medidas “irracionais”.

A posição foi transmitida pele Secretário Nacional João Ribeiro, que adiantou que o Partido Socialista vai promover em breve uma audição parlamentar com especialistas sobre o plano de transportes em Portugal.

Como ideia base, João Ribeiro disse que o PS está disponível para dialogar com o Governo e que tem abertura para aceitar medidas de racionalização ao nível dos transportes públicos.

“Mas o PS não aceita cortes cegos nos transportes públicos que coloquem em causa a qualidade de vida e a mobilidade dos portugueses. O PS quer que o Governo esclareça rapidamente se concorda com as propostas apresentadas pelo grupo de trabalho [designado pelo executivo] sobre mobilidade nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”, disse.

João Ribeiro afirmou que o Governo “tem de assumir quais as propostas em que se revê” provenientes desse grupo de trabalho e quais os cenários alternativos que apresenta.

“Este assunto revela desorientação e falta de visão estratégica do Governo, particularmente do Ministério da Economia, dos Transportes e do Emprego. O ministro [Álvaro Santos Pereira] que propõe mais meia hora de trabalho aos trabalhadores portugueses é o mesmo ministro que quer cortar as opções de transporte a esses mesmos trabalhadores”, acusou.

Ainda de acordo com João Ribeiro, “o ministro que se confronta com o défice da balança energética é o mesmo ministro que empurra milhares de portugueses para o transporte individual”.

“Estamos perante um erro ambiental, um erro económico, um erro na mobilidade e um erro social. É o ministro errado”, referiu em relação a Álvaro Santos Pereira.

“Os rumores em torno destes estudos técnicos e insensíveis, sobre reestruturação dos transportes, fazem regressar o país aos anos 80 e acentuam fenómenos de exclusão social e de periferia. Este assunto é fundamental para o PS, porque as pessoas já viram os seus passes sociais aumentados e não podem agora ser confrontadas com dificuldades para trabalhar. As pessoas estão a ser confrontadas com estudos e com rumores”, o que é prova de “falta de sensibilidade social”, declarou.