Apesar de considerar que a moção de censura do Chega não passou de uma “manobra de diversão”, a líder parlamentar socialista sublinhou que este Governo “merece censura” pelo seu desempenho em áreas fundamentais como a saúde, a educação e a juventude, mas sobretudo pela resistência em prestar contas ao país. “Este Governo faz anúncios de medidas sem direito a perguntas dos jornalistas e limita o número de questões em conferências de imprensa”, denunciou, apontando para uma governação que evita o debate e dificulta o acesso a informações essenciais.
Na sua intervenção, a líder parlamentar do PS exigiu, ainda, respostas concretas do primeiro-ministro sobre o cumprimento das suas obrigações declarativas, nomeadamente no que diz respeito à transparência dos atos que geraram pagamentos, à regularização de obrigações contributivas da sociedade de advogados da qual fazia parte e aos serviços jurídicos prestados na área da proteção de dados sem que a sociedade tivesse esse objeto.
“O primeiro-ministro, que foi tão exigente com o anterior Governo, não pode agora remeter-se ao silêncio e fugir ao escrutínio”, afirmou, reforçando que o chefe do executivo se comprometeu a prestar esclarecimentos durante o debate da moção de censura, mas continuou sem dar respostas concretas.
Para o PS, a falta de explicações reforça a perceção de que este Governo não está disposto a prestar contas ao país. “Continuamos à espera de esclarecimentos”, concluiu Alexandra Leitão.