PS reforça que se deve combater movimentos totalitários para defender democracia
O Partido Socialista, ao homenagear os três membros do Congresso da República Portuguesa mortos em combates na Grande Guerra de 1914-1918, está a lembrar o passado, denunciar “a mentira e as falsas ilusões do totalitarismo”, deixando-se “inspirar pela abnegação, índole intrépida e espírito de sacrifício de João Francisco Sousa, José Afonso Palla e José Botelho de Carvalho Araújo”, explicou hoje o deputado do PS Marcos Perestrello, no Parlamento.
Durante a apresentação do projeto de resolução do PS pela consagração da memória deste militares, o parlamentar sublinhou que “é nos momentos mais gloriosos e muitas vezes nos mais trágicos da sua história que os povos buscam a inspiração para, mesmo na dificuldade, encontrar a sabedoria necessária para evoluir no caminho do progresso social, económico e humano”.
Se aos momentos gloriosos “os povos vão buscar inspiração”, nos mais trágicos “devem ser capazes de identificar os sinais que muitas vezes se repetem e já os levaram ao horror”, frisou.
Marcos Perestrello defendeu, então, que devemos “olhar para a Grande Guerra e, no final das evocações do seu centenário, com espírito crítico e atento sermos capazes de identificar alguns sinais que se repetem na Europa, cem anos passados”.
Ora, o socialista recordou que no final da Grande Guerra “os problemas sociais e económicos agravaram-se, os movimentos totalitários alastraram pela Europa” e a “democracia passou a ser vista como coisa do passado e incapaz de responder aos problemas da modernidade”.
“Nos nossos dias, o poder político democrático, muitas vezes submetido à supremacia da economia e da finança e vítima de fragilidades internas, revela algumas vezes dificuldade em encontrar soluções para muitos dos problemas das pessoas”, lamentou. Tal origina “forças nacionalistas, xenófobas, racistas que prometem a cada comunidade a segurança que as democracias parecem ter dificuldade em garantir”, alertou o deputado do PS.
“Como condição de paz e progresso”, é obrigação dos partidos “combater estas miragens”, asseverou Marcos Perestrello.