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PS recusa nomeação de novo Governo e quer marcação de eleições antecipadas na Madeira

PS recusa nomeação de novo Governo e quer marcação de eleições antecipadas na Madeira

O presidente do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, insistiu que é imperativo dar a voz ao povo e marcar eleições legislativas regionais antecipadas na Região, recusando a nomeação de um novo governo saída do atual quadro parlamentar.

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Paulo Cafôfo, PS/Madeira

Paulo Cafôfo falava esta quarta-feira, após a reunião da Comissão Política do PS/Madeira, encontro no qual esteve em discussão a instabilidade política provocada pelo escândalo de corrupção no Governo Regional e na Câmara Municipal do Funchal.

Em declarações à comunicação social, o líder dos socialistas madeirenses classificou como “inqualificável” aquilo que se está a passar na Região. “Depois de tudo o que aconteceu, depois de Pedro Calado ter sido detido, de Miguel Albuquerque ter sido constituído arguido num megaprocesso de corrupção e de ter sido exposta uma enorme teia de conluios e favorecimentos, o PS/Madeira não vai aceitar uma nova nomeação de Governo saída do atual quadro parlamentar”, afirmou. Para Paulo Cafôfo, o próximo governo da Região “não pode ser escolhido pelos militantes do PSD” e deve, sim, ser escolhido pelo povo.

Nesse sentido, insistiu na marcação de eleições antecipadas e renovou o apelo ao Presidente da República e ao representante da República para a Madeira: “Não permitam que se afunde ainda mais a nossa Região, atirando-a para uma situação de instabilidade crónica e irremediável”.

No entender do presidente do PS-M, havendo ou não debate do Orçamento Regional, o atual Governo deve ficar em gestão e, assim que for constitucionalmente possível, devem ser marcadas eleições antecipadas para restaurar a estabilidade e confiança nas instituições. “É de corrupção que falamos. Falamos de indícios de um pacto de corrupção e de favorecimentos que controla os destinos e o dinheiro dos contribuintes madeirenses. Falamos de um presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, que é arguido por factos graves, que responde por suspeitas de corrupção num megaprocesso, como ficou claro nesta investigação e nas notícias que têm vindo a público. Falamos de um presidente da Câmara do Funchal e que também foi vice-presidente do Governo Regional e de outros secretários regionais e autarcas no rol de suspeitos. É todo um Governo e toda uma cúpula partidária do PSD que estão implicados”, sublinhou Paulo Cafôfo. De acordo com o líder socialista, nada disto pode ser ignorado ou escamoteado e a verdade dos factos tem de ser apurada.

Por outro lado, o presidente do PS/Madeira questionou o facto de Miguel Albuquerque ainda não ter pedido o levantamento da sua imunidade, como tinha dito que faria. “Mentiu aos madeirenses?”, perguntou.

Paulo Cafôfo referiu que o PSD está agarrado ao poder para perpetuar o regime e a promiscuidade entre a governação, o partido e os interesses privados e foge das eleições. “Tem medo dos madeirenses? Tem medo do voto? Tem medo de perder o poder e que se venham a descobrir mais podres?”, questionou.

O líder socialista sublinhou que o PS é o único partido capaz de devolver a confiança e a estabilidade de que a Madeira precisa para avançar. “O PS/Madeira é um partido mobilizado, com responsáveis políticos à altura, com um projeto sério, robusto e transformador da Região, um partido que tudo fará para defender os interesses da Madeira, dos madeirenses e dos porto-santenses”, asseverou, garantindo que o partido está preparado para governar a Região.

Aproveitou ainda para deixar também uma palavra de confiança aos funcionários públicos, às empresas e aos trabalhadores.

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