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PS recomenda “gradualismo” e “ponderação” para desconfinamento ser feito sem riscos

O Secretário-geral adjunto do Partido Socialista, José Luís Carneiro, e a presidente do Grupo Parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, transmitiram ontem ao Presidente da República que o desconfinamento tem de ser gradual e feito com muita “ponderação”, sendo necessária uma observação diária dos indicadores sobre a Covid-19 para o caso de ser preciso recuar.

“O Partido Socialista manifestou ao senhor Presidente da República o seu apoio à renovação do estado de emergência”, começou por referir José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas, no final da reunião realizada por videoconferência com Marcelo Rebelo de Sousa, juntamente com a líder parlamentar do PS.

Frisando que os indicadores dos últimos dias são “relativamente positivos”, com uma “redução do número de casos” positivos de Covid-19, uma diminuição quer no recurso aos cuidados intensivos, quer aos cuidados hospitalares, e o processo de vacinação “a decorrer como previsto” – já que “até ao final do mês teremos cerca de um milhão de portugueses com a primeira toma e cerca de meio milhão de portugueses com a segunda toma” –, o dirigente socialista lembrou que ainda há riscos.

O índice de transmissibilidade “tem vindo a aumentar à medida que se processa o desconfinamento e alcançou 0,9, de acordo com os dados conhecidos esta semana”, e a “variante inglesa está já em cerca de 80% dos casos conhecidos em Portugal”, sublinhou José Luís Carneiro, que defendeu que “o esforço que tem vindo a ser feito não pode, de modo algum, ser deitado por terra”.

Assim, o Partido Socialista transmitiu ao Presidente da República “que o desconfinamento tem de continuar a ser feito com muito gradualismo, com muita ponderação, com capacidade para observarmos diariamente os indicadores para testarmos, para rastrearmos e, caso seja necessário, podermos sempre recuar para não corrermos riscos”.

O também vice-presidente da bancada do PS destacou depois que “as medidas de apoio económico e social, anunciadas na semana passada, foram promulgadas pelo senhor Presidente da República e há a garantia de que continuarão a existir medidas de apoio económico e social robustas e capazes de dar segurança ao tecido económico e às pessoas, nomeadamente na proteção do seu emprego”.

Relativamente à Páscoa, José Luís Carneiro asseverou que, tal como no ano passado, “infelizmente” não poderá ser comemorada nos termos em que os portugueses gostariam, ou seja, com a família. “Mas é essencial continuarmos com este esforço para que não tenhamos condições para cometer quaisquer erros”, afiançou.

O Secretário-geral adjunto deixou claro, por fim, que “o que acontecer com e durante o desconfinamento será responsabilidade de cada um e de todos nós”. “Daí que a responsabilidade individual e coletiva no decurso e no modo como se processa o desconfinamento é um dever de cada um e de todos enquanto comunidade nacional”, concluiu.