“Enquanto alguns procuram lançar a desconfiança, uma grande maioria desta câmara procura construir as bases da confiança na sociedade, na democracia e no Estado de direito democrático”, vincou o socialista durante o debate de urgência, requerido pelo Chega, sobre o estado da segurança em Portugal.
Sustentando que Portugal é um dos países mais pacíficos do mundo, José Luís Carneiro recordou que, em 2015, o país “estava em 11º lugar, e em 2024 está em 7º lugar no mundo”.
“Se alguém um dia, em 2013, afirmou que Portugal era um país pacífico e seguro”, quando “em 2013 houve mais cinco mil participações criminais” que em 2023, “não percebo como, em 2023, diz hoje que o país é inseguro”, comentou o socialista.
José Luís Carneiro defendeu que “um país seguro é fator essencial de desenvolvimento e de crescimento da economia”. Assim, o Partido Socialista está disponível, “como sempre esteve, para cooperar, para aperfeiçoar e para melhorar o sistema de segurança interna”, garantiu.
E instou o Governo a avançar com “a reforma do Instituto Superior de Ciências Policiais em articulação com os países de língua portuguesa e com a CPLP”; com “o conceito estratégico de segurança interna articulado com o conceito estratégico de defesa nacional”; com a “concretização da lei de investimentos em infraestruturas e equipamentos das forças e dos serviços de segurança, dando continuidade à que foi executada entre 2017 e 2021 de 340 milhões de euros de investimento executado”.
José Luís Carneiro sugeriu ainda que o executivo de Luís Montenegro avance com a “estratégia integrada de segurança urbana, com a estratégia nacional de proteção civil preventiva e com o planeamento civil de emergência na identificação das infraestruturas críticas e também na sua proteção”. “Avancemos ainda com a reforma da Escola Nacional de Bombeiros”, acrescentou.
Salientando que a segurança é “uma das marcas mais positivas” de Portugal, o deputado do PS lamentou que haja quem procure “semear a desesperança e a incompreensão”.
“Há aqueles que medram no caos, mas nós queremos medrar na confiança, no estímulo à coesão, à democracia, ao Estado de direito e ao desenvolvimento”, disse.