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PS quer“avaliação rigorosa” do impacto económico do esforço para atingir 2% do PIB em Defesa

PS quer“avaliação rigorosa” do impacto económico do esforço para atingir 2% do PIB em Defesa

O Presidente do Partido Socialista, Carlos César, admite que o Governo precisa de fazer um esforço adicional para alcançar os 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em despesas com a defesa nacional ainda este ano, alertando, contudo, para a necessidade de proceder a uma análise mais precisa sobre as implicações económicas e financeiras deste investimento.

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Em declarações proferidas, na quarta-feira, à saída de uma reunião com Luís Montenegro, na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, o também Secretário-Geral interino socialista destacou a importância de Portugal cumprir com os compromissos assumidos no seio da NATO, numa altura em que a segurança europeia enfrenta novos desafios.

“Compreendemos que, face à emergência que estamos a viver e com que nos estamos a confrontar no espaço europeu, é importante que, já neste ano de 2025, o Governo possa fazer um esforço no sentido de se aproximar dos 2% de despesa na área da Defesa Nacional”, referiu Carlos César, ladeado pelo candidato único à liderança socialista, José Luís Carneiro.

Na reunião, que foi convocada pelo executivo da AD, no âmbito da preparação da participação de Portugal na cimeira da NATO, a ter lugar em Haia, Países Baixos, nos dias 24 e 25 de junho, o dirigente socialista deixou claro que o reforço do investimento militar, conforme solicitado pela Aliança Atlântica, “não pode comprometer o Estado social nem a sustentabilidade das finanças públicas”.

“A nossa preocupação é com a sustentabilidade das contas públicas, não necessariamente com um montante de défice ou de superavit”, pontualizou Carlos César, recordando que o Governo português pediu recentemente a Bruxelas a ativação de uma cláusula de salvaguarda que permite excluir do cálculo do défice investimentos em Defesa.

Neste ponto, clarificou que o PS está em convergência com o executivo quanto aos valores e objetivos na área da Defesa, mas insistiu em que é “fundamental” fazer uma leitura mais precisa do impacto económico e financeiro da medida, “tanto nas capacidades militares como no tecido produtivo nacional”.

Governação socialista dotou país de meios financeiros

Carlos César aproveitou igualmente para destacar que o atual esforço governamental em vista só é possível graças à “solidez das contas públicas” herdada do anterior executivo socialista, que “dotou o país dos meios financeiros” que agora permitem considerar um reforço significativo no setor da Defesa.

Além disso, recordou que o Estado português pode recorrer a programas comunitários para apoiar o reequipamento militar, referindo ter recebido do Governo de Luís Montenegro “a garantia de que existe margem para acomodar esse investimento”.

“É muito importante que Portugal mostre, junto da NATO e junto dos nossos parceiros externos, que está a fazer esse esforço, sendo esta uma questão de grande urgência do ponto de vista também do nosso contributo para a defesa e a segurança europeias”, concluiu o Presidente do PS.

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