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PS quer vida dos portugueses melhor

“O XXII Governo Constitucional propõe-se governar para as pessoas, para os portugueses de hoje e para os portugueses de amanhã. Para todos os portugueses, porque, para nós, diferentemente de outros, o país só está melhor quando a vida das pessoas está melhor”, assegurou o vice-presidente da bancada do PS Porfírio Silva, durante o debate do Programa do Governo, na tarde desta quarta-feira, no Parlamento.

Recordando os quatro desafios estratégicos em que o Governo se propõe investir nos próximos quatro anos – alterações climáticas, sustentabilidade demográfica, transição para o digital e combate às desigualdades -, Porfírio Silva garantiu que o Programa do Governo “ampara essa forte ambição estratégica no compromisso com uma boa governação”.

“Contas certas para a convergência, investir na qualidade dos serviços públicos, melhorar a qualidade da democracia e valorizar as funções de soberania”, elencou o parlamentar do PS, assegurando que é nesse sentido que o executivo continuará o trabalho do Governo anterior, “agora com novos níveis de exigência”.

“Como o Primeiro-Ministro hoje voltou aqui a reafirmar, queremos dar continuidade à mudança iniciada em 2015, sabendo que não se fez tudo numa legislatura, que há ainda muito para fazer, mas que o rumo continuará a ser o mesmo: construir uma sociedade decente, melhorar as condições de vida dos cidadãos, o que exige ao mesmo tempo criar condições para o crescimento da economia, uma economia mais inovadora, mais inclusiva e mais limpa”, afirmou Porfírio Silva.

Governo vai apostar em novos hospitais e mais centros de saúde

“É lamentável a falta de memória do CDS em matéria de Serviço Nacional de Saúde” (SNS), criticou hoje o deputado socialista João Paulo Correia, durante um pedido de esclarecimento à deputada centrista Ana Rita Bessa no debate sobre o programa do Executivo.

Durante a sua intervenção, o CDS ignorou as propostas que constam do programa do Governo, como por exemplo “mais unidades de saúde familiar, mais centros de saúde, mais portugueses com médico de família e novos hospitais”, frisou.

O vice-presidente da bancada do PS garantiu que os portugueses não esquecem o que o último Executivo de direita fez entre 2011 e 2015, uma vez que “cortaram 1.100 milhões de euros do Serviço Nacional de Saúde, aumentaram as taxas moderadoras dificultando o acesso dos portugueses aos hospitais, aos centros de saúde e às unidades de saúde familiar, sem falar nos hospitais que ficaram por construir, nas unidades de saúde familiar que ficaram por montar e os centros de saúde que ficaram por construir”.

Ora, nos últimos quatro anos o Governo do PS investiu 1.300 milhões de euros no SNS, que “conta hoje com mais 11 mil profissionais, com mais médicos, mais enfermeiros e mais auxiliares”. “Foram realizadas mais 700 mil consultas ao longo desta legislatura nos cuidados de saúde primários e também houve mais 18 mil cirurgias ao longo da anterior legislatura”, congratulou-se.

“Lamentamos que o CDS tenha estado contra a Lei de Bases da Saúde. Quando se procura soluções o CDS está contra, escolhe sempre o lado errado”, asseverou João Paulo Correia.

Otimismo e confiança ajudaram o país a virar a página

O vice-presidente da bancada socialista Pedro Delgado Alves criticou o PSD por não ter aprendido “nada com o que aconteceu durante quatro anos no país”.

Num pedido de esclarecimento ao social-democrata Fernando Negrão durante a discussão, o parlamentar do PS recordou que “durante quatro anos se falou na chegada do diabo, do descalabro que representaria a governação do PS e dos seus parceiros à esquerda, mas aqui estamos quatro anos depois com uma maioria reforçada por aquilo que os portugueses reconhecem como trabalho realizado e com a efetiva demonstração de que é possível um rumo diferente”.

Ao contrário do que apregoa o PSD, “otimismo e confiança são coisas positivas, foi o que ajudou ao crescimento da economia também, foi aquilo que ajudou o país a virar a página e é aquilo que hoje os portugueses agradecem à solução que durante quatro anos presidiu aos destinos do país”, asseverou.

No final da sua intervenção, Pedro Delgado Alves deixou uma questão: “O que é que o PSD pensa sobre o programa do XXII Governo Constitucional? Ainda não sabemos”.