Intervindo num comício de apoio ao candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, o líder socialista desmontou as críticas que algumas figuras da oposição, sobretudo do PSD, têm dirigido sobre o debate em torno dos projetos, inscritos no PRR, com impacto para os municípios e as regiões, estranhando que esse debate não fosse feito precisamente no momento em que se está a escolher a próxima geração de autarcas e as ideias estratégicas para os seus municípios, lembrando que se trata de projetos que estão já contratualizados e que serão realizados independentemente de quem ganhe as eleições.
“O PRR não é uma promessa, é um compromisso que já está contratualizado. É um contrato que o Estado português já assinou com a União Europeia, que já identificou os projetos que vão ser realizados, as verbas que vão ser financiadas, já fixou o calendário. E mais: o financiamento só vem se nós formos cumprindo passo a passo o calendário com que acordámos e formos atingindo as metas com que nos comprometemos”, salientou.
Para o Secretário-geral do PS e primeiro-ministro, o que isto revela é “o grau de absoluta impreparação” da oposição por não saber o que é o PRR, nem a “missão patriótica” que consiste em pô-lo “em marcha para o bem de Portugal”.
António Costa disse ainda, com ironia, ser “extraordinário” que, “quando a Europa se conseguiu unir toda, 27 países, para construir à escala europeia um plano que permita recuperar” as economias do continente e “tornar todos os países da Europa mais fortes”, a oposição o acuse agora de estar “obcecado em executar o PRR para ajudar a recuperar” a sociedade portuguesa e tornar a “economia mais forte”.
“E acho ainda mais extraordinário quando aquilo que ainda há poucos meses nos diziam era que não íamos ser capazes de executar o PRR, que havia muito pouco tempo para o executar, e agora acusam-nos de ter pressa e executar aquilo que tinham medo de não sermos capazes de executar a tempo e horas”, acrescentou.
O que não é indiferente, para o líder socialista, como fica demonstrado por esta diferença de preparação, é o projeto para o país e para cada uma das regiões e municípios do país, que sairá das eleições do próximo dia 26. E aqui o PS marca a diferença, revelando estar preparado para os desafios que se colocam ao conjunto do país, “dizendo aos portugueses” o que se propõe fazer e o que quer para o futuro, também aqui, no município de Viana do Castelo, com a candidatura protagonizada por Luís Nobre.
Nesse sentido, António Costa apelou a que os portugueses não “corram o risco” de deixar de percorrer o “caminho certo”, porque foi através deste que Portugal virou a “página da austeridade”, que enfrentou a pandemia, que se “bateu em Bruxelas para que existisse o PRR”.
“E é continuando a percorrer o caminho certo que nós vamos cumprir, contra ventos e contra marés, aquilo que nos comprometemos e não vamos atrasar o desenvolvimento do nosso país nem deixar de cumprir o nosso compromisso com as novas gerações, que é entregar-lhes um país mais próspero, mais moderno, mais desenvolvido, com mais oportunidades onde possam viver mais e melhor”, frisou.