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PS quer ministros das Finanças e da Economia no Parlamento

PS quer ministros das Finanças e da Economia no Parlamento

O PS anunciou que vai requerer a presença dos ministros das Finanças e da Economia em sede de comissão parlamentar, considerando que os dois têm de se entender sobre as ligações ferroviárias de alta velocidade.

“O PS faz um apelo para que os senhores ministros da Economia e das Finanças se entendam” sobre o projeto de ligações ferroviárias de alta velocidade e, em segundo lugar, depois de se entenderem, “venham ao Parlamento explicar aos portugueses em que é que se entenderam”, declarou Carlos Zorrinho.

De acordo com o presidente da bancada socialista, o PS “manifesta enorme estupefação com o que tem ocorrido em torno [do tema] das ligações ferroviárias de alta velocidade” e, por essa razão, vai requerer a presença dos dois ministros na Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas.

O líder parlamentar do PS apontou que o ministro Vítor Gaspar começou por anunciar “a retoma do projeto, reconhecendo o Governo que há razão para se fazer uma aposta forte nas ligações ferroviárias de alta velocidade”.

No dia seguinte, acrescentou, “percebeu-se que o mesmo ministro das Finanças a primeira coisa que fez foi transferir 700 milhões de euros que se encontravam num consórcio bancário para tapar buracos na Parpública”.

Com esta opção, defende, ficava então “desfeito o mito inerente à tese de que esses 700 milhões de euros estariam a secar a economia portuguesa e a evitar que as pequenas e médias empresas acedessem ao financiamento”.

“Esses 700 milhões de euros foram retirados e não são para as pequenas e médias empresas, não são para dinamizar a economia, mas para tapar um buraco na Parpública”, referiu, numa crítica ao Governo.

Carlos Zorrinho afirmou que a surpresa aumentou ainda mais quando o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, “veio dizer que não tem conhecimento de nada” e que, se houvesse alguma evolução no processo, “seria apenas no próximo quadro comunitário de apoio”.

“E hoje ficámos a saber que não há dinheiro previsto em Bruxelas para o projeto”, apontou.
Deste modo, termina, os ministros da Economia e das Finanças têm de “explicar todo este imbróglio aos portugueses”.