PS quer melhorar relações entre Portugal e Angola

“Há centenas de milhares de portugueses que fazem a sua vida neste país e essa realidade, além de ser histórica entre os dois países, é de toda a atualidade e que nós queremos, acreditamos e sabemos que vai contar a ser de melhoria constante”, acrescentou Porfírio Silva.

O dirigente socialista referiu ainda que as relações entre os Estados português e angolano suscitam diferentes entendimentos entre as forças partidárias em Portugal, uma situação que encara como “normal” em democracia e que não prejudica a posição assumida pelo PS nesta matéria. “O MPLA está perfeitamente consciente disso e sabe perfeitamente qual é a nossa posição”, afirmou.

“Também é sabido” – e o MPLA mostrou ter “perfeita noção disso” – que mesmo dentro do PS “há vozes que não estão sempre concordantes com o nosso posicionamento tradicional nesta matéria”, acrescentou ainda.

“Temos a perfeita noção de que num país democrático isso é normal e que o que há é que ir avançando, tendo as conversas necessárias para fazer aquilo que é preciso fazer”, defendeu Porfírio Silva.

O secretário para as Relações Internacionais do PS falava, em Luanda, à margem do encerramento da segunda reunião anual do conselho da Internacional Socialista, organizada pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

O dirigente do PS manteve contactos, à margem deste encontro, com o Secretário-geral do MPLA e também com o presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

A forma como foi alcançado um novo Governo de esquerda em Portugal, liderado pelo PS, foi um dos temas que motivaram o interesse dos partidos representados nesta reunião do conselho da Internacional Socialista, realizada em Luanda.

O aprofundamento do combate ao terrorismo, as ingerências externas em África, o fim de conflitos militares e o reforço do apoio humanitário aos refugiados foram temas em destaque nesta reunião.