“Queremos que os jovens pais possam acompanhar os seus filhos nos primeiros três anos de vida. Queremos que os jovens casais possam acompanhar o crescimento dos seus filhos. Temos uma economia que tem crescido”, defendeu o líder socialista.
Falando em Castelo Branco, no comício que encheu o auditório do Centro de Cultura Contemporânea, Pedro Nuno Santos dirigiu a sua intervenção às gerações mais jovens, assumindo também o compromisso de reduzir no Serviço Nacional de Saúde (SNS) os tempos de espera para consulta e melhorar o apoio médico aos jovens casais que querem ter mais filhos, a par com o objetivo de “fazer chegar as creches gratuitas a todos os jovens casais”.
“Mas nós queremos mais: Queremos o pré-escolar universal e gratuito em Portugal. Esse é o nosso objetivo para que possam ver os seus filhos crescer com qualidade e com condições”, acrescentou.
Diminuição da pobreza deve-se aos governos socialistas
No seu discurso, o Secretário-Geral do PS não deixou de notar, não sem alguma surpresa, a nova narrativa da direita sobre a pobreza, lembrando que se deve aos governos socialistas o combate efetivo pela sua diminuição.
E observou, a este propósito, a curiosa circunstância da entrada do antigo primeiro-ministro Durão Barroso na campanha da AD, para relembrar que no seu tempo de Governo, entre 2002 e 2004, a taxa de risco pobreza, mesmo após transferências sociais, “aumentou 19 para 19,4%”.
O mesmo sucedeu com o executivo de Pedro Passos Coelho, quando a taxa de pobreza voltou a aumentar, depois de ter diminuído com o Governo do PS, retomando a trajetória de descida nos últimos oito anos de governação socialista.
“A taxa de pobreza baixa connosco e aumenta com eles”, afirmou.
Direita oferece uma “barafunda” ao país
A “barafunda” que se vê na direita não escapou também ao crivo do líder socialista, referindo que o país vai assistindo, com estupefação, ao desfilar de candidatos e convidados nos comícios da AD a proferirem declarações que depois têm de ser corrigidas ou desmentidas, como “posições pessoais”, que não vinculam ou representam quem os escolheu.
Como lembrou Pedro Nuno Santos, depois do discurso de Pedro Passos Coelho a associar os imigrantes à insegurança, o ataque feito por Paulo Núncio, segunda figura do CDS e quarto candidato pela AD em Lisboa, aos direitos reprodutivos das mulheres e, mais recentemente, o negacionismo climático e a alusão à formação de milícias armadas nos campos pelo cabeça de lista da AD por Santarém, são bom exemplo de como a direita se vai apresentando ao país.
“Se nos gabamos de que temos grandes candidatos, então somos responsáveis por aquilo que eles dizem”, apontou o Secretário-Geral do PS.
PS faz a diferença na valorização do interior
Nas primeiras intervenções do comício, o cabeça de lista socialista por Castelo Branco, Nuno Fazenda, afirmou que a Beira Interior é encarada pelo PS como uma aposta e um “tesouro” para “valorizar”, lamentando que os partidos de direita encarem este território como um fardo.
“O interior nunca foi uma prioridade para a direita. Durante o período da ‘troica’, até tomaram medidas de retrocesso, com o encerramento de tribunais, de postos de correios, de ferrovias e a imposição de portagens no interior. Os governos do PS deixaram várias marcas que fazem a diferença, embora ainda haja muito para fazer”, apontou.
Já o autarca da Covilhã e presidente da Federação de Castelo Branco, Vítor Pereira, salientou os apoios concedidos pelos governos socialistas à região desde 2015.
“É com base nesse crédito de confiança que dizemos que a escolha não pode ser outra. O PS tem um pacto de confiança com os beirões, que o Pedro Nuno Santos vai continuar a honrar”, afirmou.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, deixou um elogio ao histórico autarca albicastrense Joaquim Morão, congratulando-se com a instalação na sua cidade do Tribunal Central Administrativo do Centro e com as politicas seguidas a favor da coesão territorial.
“Falo de um Portugal que não discrimina os que vivem no interior. Temos a ambição de um país coeso e que apoia os mais desprotegidos. Só temos um caminho: No dia 10 de março, temos de votar no PS por aquilo que já fez e por aquilo que esperamos que venha a fazer”, declarou.