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PS prepara celebração conjunta com SPD dos 50 anos da sua fundação

PS prepara celebração conjunta com SPD dos 50 anos da sua fundação

O 50º aniversário da fundação do Partido Socialista, que será celebrado em 2023, contará com a colaboração do SDP, evocando os laços históricos com o partido social-democrata alemão. O anúncio foi feito por António Costa, na quarta-feira, por ocasião de um encontro em Lisboa entre as lideranças dos dois partidos.

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António Costa e Lars Klingbeil

Falando em conferência de imprensa conjunta com Lars Klingbeil, copresidente do Partido Social-Democrata alemão (SPD), o Secretário-geral socialista realçou a “relação histórica muito antiga” entre os dois partidos e o “forte apoio” que o SPD deu à fundação do PS, em 19 de abril de 1973, “ainda no tempo da clandestinidade”, em Bad Münstereifel, na então República Federal Alemã.

“Nesta reunião tivemos oportunidade de ver como é que podemos celebrar em conjunto, no próximo ano, algo que é a fundação do PS, mas que também marcou de uma forma relevante toda a família social-democrata europeia e o gesto de solidariedade do SPD”, declarou.

“Desde então, desde as lideranças de Mário Soares e Willy Brandt até aos dias de hoje, mantivemos sempre e em todas as circunstâncias uma relação muito próxima. E agora, felizmente, estando ambos no Governo, essa relação está mais fortalecida, através do relacionamento que vou mantendo com o chanceler Olaf Scholz”, acrescentou António Costa.

O líder socialista salientou, a este propósito, que as comemorações dos 50 anos do PS, em 2023, que são presididas por José Manuel dos Santos, terão um programa com “uma dimensão internacional muito forte”.

“E em particular em cooperação com o SPD e com os arquivos da Fundação Friedrich Ebert, onde está registada muita da documentação que diz respeito à fundação do PS e ao apoio que o SPD deu ao PS em todo o período revolucionário, e designadamente até as notas das reuniões entre Mário Soares e Willy Brandt”, adiantou, referindo que esse trabalho de tratamento documental está a ser conduzido por uma equipa coordenada pela historiadora Fernanda Rollo.

António Costa destacou ainda, no programa das comemorações, a evocação da cimeira ‘A Europa Connosco’, que se reuniu no Porto, em 1976, alguns dos grandes líderes socialistas europeus, e que constituiu um “momento marcante” do processo de integração europeia.

Urgência de responder à crise da guerra na Europa

Na agenda do encontro entre as lideranças do PS e do SPD, no qual António Costa esteve acompanhado pelo Secretário-geral adjunto, João Torres, pela secretária nacional para as Relações Internacionais, Jamila Madeira, e pelo secretário nacional e vice-presidente do Partido Socialista Europeu, Francisco André, esteve também, de acordo com o líder socialista, “a guerra que a Rússia desenvolve contra a Ucrânia e as consequências económicas e sociais que esta guerra está a provocar no conjunto da Europa”, incluindo “o crescimento muito significativo da inflação”.

António Costa reiterou, na conferência de imprensa conjunta, que é preciso apoiar a Ucrânia “do ponto de vista militar, do ponto de vista financeiro, do povo de vista humanitário, para que possa vencer esta guerra, restabelecer a paz, afirmar os valores do direito internacional à soberania, à independência, à integridade do território”, defendendo que é urgente agir “para evitar uma crise alimentar à escala global” e procurar “ter uma Europa que seja mais forte”.

“Desse ponto de vista, para além das relações entre governos, das relações Estado a Estado, é importante também o fortalecimento das relações partidárias, sobretudo com um partido irmão [SPD] a quem devemos um apoio tão forte no momento do nascimento do PS, há 50 anos”, sustentou.

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