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PS preocupado com acordos “para manter lugares” em vez de resolver os problemas da Madeira

PS preocupado com acordos “para manter lugares” em vez de resolver os problemas da Madeira

O presidente do PS/Madeira mostrou-se apreensivo com os acordos que estão a ser feitos para a formação do próximo Governo Regional, nos quais não vê uma preocupação em resolver os problemas que afetam os madeirenses, mas sim uma prioridade em “manter lugares”.

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Sérgio Gonçalves

Sérgio Gonçalves falava esta quinta-feira, à saída de uma audiência com o Representante da República para a Madeira, no âmbito da auscultação dos partidos sobre a próxima composição parlamentar e formação do novo Governo.

“Demos nota da nossa preocupação com os acordos que estão a ser feitos, que parecem ser mais importantes para manter lugares e manter-se no poder do que para resolver os grandes problemas que a Madeira tem”, expressou.

O líder dos socialistas madeirenses deu como exemplo a instabilidade relativamente à presidência da Assembleia Legislativa da Madeira, situação que vem evidenciar que, como havia afirmado durante a campanha, “a alternativa com soluções era o PS” e que a dispersão de votos por partidos mais pequenos levaria a soluções governativas semelhantes àquela que tinha ocorrido em 2019. Como alertou, esta instabilidade que pode ser criada não é favorável à Região.

De igual modo, Sérgio Gonçalves apontou baterias ao presidente do Governo, que ontem mesmo disse que “os políticos não são santos” e “admitiu que mentiu aos madeirenses” quando afirmou que se demitia caso não tivesse maioria absoluta, apenas para colocar pressão sobre o eleitorado. “Não posso concordar, de forma alguma, com essa posição. Acho que os políticos têm de ser sérios, têm de apresentar soluções para os problemas das populações, têm de servir as populações e não mentir ou tentar enganar apenas para obter resultados eleitorais”, reparou.

O presidente do PS madeirense reforçou a sua preocupação pelo facto de este acordo de incidência parlamentar não estar focado em questões como o custo de vida, a necessária redução de impostos, a construção de mais habitação e a resolução dos problemas de acesso à saúde. “Não vemos isso como a grande preocupação dos três partidos que formam este acordo de Governo. É isso que nós achamos que deveria estar a ser discutido e não está”, afirmou.

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