PS precisa de mais vozes ligadas à sociedade
Na entrevista conduzida por Maria Flor Pedroso, a dirigente socialista, num balanço aos seis meses que leva como Secretária-geral adjunta, sublinha que o seu primeiro desafio “é que o PS não se esvazie pelo facto de ser Governo”.
E em segundo lugar, frisa, “conseguir fazer uma ligação estreita entre a ação do Governo, a ação no Parlamento e a ação partidária”.
Ana Catarina Mendes afirma que procurou ao longo destes seis meses promover “uma partilha sistemática de informação, debate e formação dentro do PS”, como forma de responder à tendência dos partidos em “fecharem-se muito sobre si próprios”, o que, na sua opinião, é preciso inverter.
“O PS precisa de dar mais voz à sociedade, sejam sindicatos, sejam estudantes ou movimentos sociais, ou seja, tem de ter uma ligação mais forte à sociedade”, considerou, tendo salientado, nesse sentido, o ciclo de debates abertos que o partido promoveu em preparação do seu Congresso.
Na entrevista, a Secretária-geral adjunta apontou ainda, como tradução dessa desejável maior ligação do partido à sociedade, o facto de a próxima Comissão Nacional “voltar a ter uma representação significativa de membros ligados ao mundo sindical”.