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PS pergunta ao Governo quando vai reconhecer o Estado da Palestina

PS pergunta ao Governo quando vai reconhecer o Estado da Palestina

O vice-presidente da bancada do PS João Paulo Rebelo perguntou hoje ao Governo quando é que Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina, uma vez que já preconizou a solução dos dois Estados, e considerou que já “foram ultrapassados todos os limites” na situação do Médio Oriente.

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O dirigente socialista, que intervinha no debate preparatório do Conselho Europeu com a participação do primeiro-ministro, enumerou os mais recentes acontecimentos: “Israel iniciou uma incursão terrestre no sul do Líbano”; a “hostilidade do Governo israelita face às Nações Unidas e, particularmente, face ao seu secretário-geral”, tendo mesmo o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita declarado António Guterres persona non grata naquele território; e a escalada de hostilidade feita pelo primeiro-ministro de Israel às Nações Unidas, intimando, no passado dia 13 de outubro, a ONU “a retirar de imediato a sua missão de paz estacionada no sul do Líbano”.

“Já são absolutamente inacreditáveis as atitudes tomadas”, lamentou o socialista, salientando que “a situação já não é de crise humanitária, é de facto uma crise da humanidade”.

João Paulo Rebelo notou depois que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que “Portugal preconiza a solução dos dois Estados”. No entanto, o país ainda não reconheceu o Estado da Palestina, como já o fez Espanha, a Irlanda e a Eslovénia.

“Ninguém compreende que se preconize a solução dos dois Estados, mas apenas se reconheça um Estado”, avisou.

No final da sua intervenção, o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS referiu que, “recentemente, a relatora especial da ONU Francesca Albanese esteve no nosso país e, tanto quanto é do nosso conhecimento, tendo pedido um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, não foi recebida”. Ora, o Partido Socialista espera que “este não seja um sinal de que Portugal também começa a claudicar no que diz respeito às Nações Unidas”.

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