Carlos Pereira notou, no Parlamento, o comportamento reincidente do PSD quando se discute um diploma importante para a vida dos portugueses: concordar com a importância do assunto, mas querer falar sobre temas diferentes.
No debate de hoje, o PSD quis discutir política fiscal, quando não era esse o tema em cima da mesa, mas o mesmo tem acontecido com o novo aeroporto de Lisboa e com a TAP, exemplificou o socialista.
“Isto é a vossa estratégia”, apontou o vice-presidente da bancada socialista, que salientou a importância da proposta de lei para o investimento, “reduzindo procedimentos, reduzindo prazos e melhorando do ponto de vista administrativo”.
“O país precisa de acelerar e estas matérias são muito importantes”, defendeu o dirigente do PS, aconselhando o PSD a “concentrar-se naquilo que se está a discutir”.
A posição dos social-democratas “não traz, de facto, nenhum valor acrescentado”, acrescentou Carlos Pereira, considerando que o deputado do PSD Alexandre Simões tinha hoje oportunidade de dizer no debate se concorda com o diploma.
“Lamento muito que os senhores não sejam mesmo alternativa com este tipo de comportamento”, disse.
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS comentou também a posição da Iniciativa Liberal, que exige constantemente reformas no país e, quando alguma é discutida no Parlamento, o partido de direita recua e não consegue acompanhar o ritmo.
“Precisamos de reformas, mas não tão rápido” parece ser o lema da Iniciativa Liberal, ironizou Carlos Pereira, que alertou que “esta reforma, que se junta a muitas outras que o Partido Socialista e este Governo têm feito – e se vai juntar a muitas outras que ainda hão de surgir – exige de uma oposição responsável mais ritmo para acompanhar estas respostas, mais ideias, mais sugestões”.
O socialista reparou “que não houve uma única solução sobre o diploma”, apesar de ter havido críticas, uma delas sobre a falta de diálogo. Ora, “todos os atores do setor falaram sobe esta matéria”, vincou Carlos Pereira, que garantiu que existe “um largo consenso sobre estas alterações que estão em cima da mesa”.