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PS pede justificações ao Governo sobre «cortes brutais» na oferta de cursos profissionais

PS pede justificações ao Governo sobre «cortes brutais» na oferta de cursos profissionais

O PS acusou hoje o ministro da Educação de fazer “cortes brutais” na oferta de cursos profissionais e de desaproveitar recursos das escolas.

Numa pergunta enviada a Nuno Crato, os deputados do PS sublinham que “a educação e as qualificações assumem cada vez maior importância no contexto das sociedades modernas que apostam na inovação e no crescimento sustentado” e que “uma sociedade que não é capaz de valorizar a educação dos seus cidadãos” está “condenada ao fracasso”.

Os deputados notam que, “apesar dos avanços alcançados nos últimos anos”, Portugal possui 67 por cento de taxa de conclusão do ensino secundário face aos 79 de média europeia, estando “ainda abaixo dos países desenvolvidos”.

“Para que Portugal possa ser uma economia competitiva à escala global, há ainda lugar a um esforço de alargamento da taxa de conclusão do ensino secundário”, defendem os deputados subscritores Miguel Laranjeiro, Sónia Fertuzinhos, Gabriela Canavilhas e Nuno Sá.

Assim, questionam o Ministério da Educação e Ciência sobre “os cortes brutais na oferta de cursos de nível secundário, sobretudo de cursos profissionais, desaproveitando infraestruturas, recursos materiais e humanos existentes nas escolas”.

O PS questiona ainda o ministro da Educação sobre a “não autorização de funcionamento de cursos profissionais e de educação e formação” no concelho de Guimarães.

“Verifica-se efetivamente que em Guimarães foram autorizados apenas 25 cursos profissionais, havendo procura para a manutenção do anterior número, enquanto num concelho limítrofe, com menos cerca de vinte e cinco mil habitantes e com características sócio económicas similares, foi autorizado o funcionamento de 46 cursos profissionais”, referem.

Os deputados interrogam a tutela sobre “esta disparidade” e sobre “que critérios presidiram à decisão”.

“Pretende o Ministério da Educação e Ciência discriminar negativamente os jovens de Guimarães, negando-lhes o direito constitucional de igualdade de acesso à educação?”, interrogam.