No Jardim Almeida Garrett, na Portela, onde marcou presença na apresentação do programa eleitoral da candidatura de Ricardo Leão à câmara de Loures, António Costa relembrou a sua própria experiência como candidato à autarquia, em 1993, e o programa então apresentado, para ilustrar este compromisso.
“Há 28 anos não ganhei as eleições para ser presidente da câmara de Loures, mas hoje estou aqui, não como candidato a presidente da câmara de Loures, mas como Secretário-geral do PS, a poder dizer que grande parte desse programa foi cumprido graças aos Governos do Partido Socialista”, afirmou.
António Costa referiu que “nunca” se esqueceu “do que era fundamental para o concelho” e que as “pequenas grandes coisas que faltavam fazer” em 1993 vão agora “mesmo ser feitas”.
“Já na altura dizíamos que íamos alargar o metro até Odivelas numa primeira fase, e, depois estendê-lo a Loures. Ainda antes das férias, em julho, pudemos assinar o protocolo com a Câmara Municipal de Odivelas e com a Câmara Municipal de Loures para que se organizassem os estudos para a extensão do metro ligeiro de Odivelas até Loures, porque é um dos objetivos que estava por cumprir e que agora vai ser cumprido”, salientou.
António Costa recordou, também, que tinha proposto “a extensão de uma linha de elétrico rápido até Sacavém”, que já está prevista e será financiada “pelo próximo PT 2030”, permitindo estender “o transporte ligeiro até Sacavém, para que Sacavém seja também servida de transporte pública”.
O Secretário-geral do PS salientou ainda que, também então, tinha proposto que a “plataforma ribeirinha da Bobadela” se tornasse uma “zona de lazer e de fruição”, uma proposta que, na altura, “muitos criticavam” e “brincavam”. “E a verdade é que [as coisas] podem levar tempo (…) mas com as jornadas mundiais da juventude que aqui terão lugar em 2023, a plataforma ribeirinha da Bobadela vai ser libertada do parque de contentores que lá está, dos serviços da CP que lá estão, e vai ser mesmo o parque urbano que esta zona do concelho de Loures tem direito e merece ter”, indicou.
Passando assim o testemunho a Ricardo Leão, António Costa salientou que, na vida política, é preciso ter “ideias claras”, mas também “persistência, resistência” e “paciência para trabalhar afincadamente, ano após ano, para concretizar os objetivos a que nos propusemos”.
O candidato socialista, por seu lado, afirmou que este é o “momento da mudança necessária” em Loures, sublinhando que a visão do PS para o concelho, a que teve desde sempre e a que quer projetar para o futuro, contrasta com o “ciclo de empobrecimento, de degradação, de desinvestimento e até de abandono”, por parte da política da atual gestão autárquica presidida pelo PCP, que importa inverter.
“A nossa visão é clara para Loures, e é bem diferente daquela que é da atual gestão da câmara: aproveitar o momento único que vivemos para trazer mais desenvolvimento para um concelho que tem de ser mais capaz de dar a todos, às atuais e futuras gerações, mais oportunidades para realizarem os seus sonhos e desenvolverem os seus projetos de vida”, sustentou Ricardo Leão.