home

PS não figurará em novela protagonizada pela direita na Madeira

PS não figurará em novela protagonizada pela direita na Madeira

O PS/Madeira recusa-se liminarmente a figurar na “novela de má qualidade” protagonizada pela direita e pela extrema-direita na Região. Uma garantia deixada, ontem, por Paulo Cafôfo, numa conferência de imprensa em que exigiu o fim da atual estratégia de vitimização e de chantagem que apenas visa enganar os madeirenses e porto-santenses.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

Falando à Imprensa desde a sede da estrutura regional socialista, no Funchal, o presidente do PS/Madeira sustentou, categórico, que “é hora de parar de brincar à política e com a autonomia e de usar artimanhas, seja esta de vitimização, seja de provocar o caos para enganar a população”.

Numa crítica direta ao PSD e ao Chega, partidos que descreveu como “farinha do mesmo saco”, o também líder do grupo parlamentar do PS na Assembleia Legislativa regional salientou a postura de “seriedade e responsabilidade” que os socialistas têm mantido “no meio desta ebulição”.

Aos jornalistas, Cafôfo reiterou que o PSD/Madeira e o seu líder Miguel Albuquerque “não merecem a confiança da direção nem dos militantes do Partido Socialista”.

“Portanto, não vamos estar a mudar a nossa posição quando convictamente achamos que não devemos contribuir para esta novela de má qualidade”, frisou Cafôfo, explicando deste modo as razões que levaram o PS/Madeira a não participar na reunião convocada pelo governo de Albuquerque para, alegadamente, tentar negociar a aprovação do programa de governo no parlamento regional.

“Nas negociações em curso não está em causa um Programa de Governo, mas a moção de confiança” à equipa governativa liderada por Albuquerque, referiu o líder do PS/Madeira, aproveitando a ocasião para criticar a ausência do presidente do executivo regional no encontro de ontem, ao qual se apresentaram os partidos à direita do PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega, e o PAN.

Miguel Albuquerque “deveria estar presente e a liderar estas negociações. Não esteve e o que parece é que já está em campanha eleitoral, deseja novas eleições, numa fuga para a frente que, neste caso, não é absolutamente benéfica para os madeirenses”, observou Cafôfo, acusando ainda o presidente do governo madeirense de se “esconder nos momentos principais, onde deveria ter uma participação ativa e responsável”.

Referindo-se depois aos sucessivos jogos de bastidor que têm marcado o impasse em torno da carta de intenções governativas apresentadas pelo executivo de Albuquerque no hemiciclo madeirense, o líder parlamentar do PS/Madeira fez duras críticas ao papel do Chega que, sublinhou, “tem feito uso de artimanhas para provocar o caos”.

Trata-se de um posicionamento que, insistiu Paulo Cafôfo, serve bem a estratégia do PSD/Madeira, que tem procurado alimentar receios na população.

Neste ponto, Paulo Cafôfo acusou expressamente PSD e Chega de estarem a “atirar areia para os olhos dos madeirenses”, e censurou o recurso à vitimização que está a ser feito pelo partido de Miguel Albuquerque, bem como o caos e o populismo que estão a ser lançados pelo de Miguel Castro, em articulação com André Ventura.

Aproveitamento político-partidário do medo

O líder socialista condenou ainda a tentativa de autossabotagem posta em marcha pelo governo regional desde fevereiro passado, com a veiculação de notícias que dão conta da não adjudicação de obras e do cancelamento de eventos regionais, “tudo com vista a criar o medo e daí retirar dividendos político-partidários”.

Avisou, por isso, que “o PS não admite que se brinque com a vida dos madeirenses, nem que se esteja a mentir ou a criar factos para dizer que a Madeira poderá não ter um orçamento aprovado para este ano”.

Como explicou, “os dados do próprio governo regional demonstram que, mesmo não havendo um orçamento de 2024, já foi gasto mais este ano do que em período idêntico de 2023, em circunstâncias normais, com o executivo do mesmo partido, com o mesmo presidente”.

Assim, desmistificou Paulo Cafôfo, do ponto de vista financeiro, “não há qualquer drama ou problema no facto de estarmos a ser governados com o orçamento do ano passado”.

ARTIGOS RELACIONADOS