home

PS não acompanha proposta “eleitoralista” do Governo e vai apresentar iniciativa própria que responda às necessidade do país

PS não acompanha proposta “eleitoralista” do Governo e vai apresentar iniciativa própria que responda às necessidade do país

O Secretário-Geral do PS, José Luís Carneiro, acusou o Governo de estar a legislar com base em perceções na lei dos estrangeiros por estarmos em período eleitoral e revelou que o Partido Socialista irá apresentar uma proposta de decreto-lei para mostrar que é possível responder às necessidades do país em termos de mão-de-obra ao mesmo tempo que se acolhe os imigrantes com dignidade.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

“Não há dúvida de que a escolha do momento político para apresentar esta proposta legislativa, estando nós à porta das eleições autárquicas, teve intenções eleitoralistas”, defendeu José Luís Carneiro em declarações à comunicação social no final do debate sobre a nova versão da lei dos estrangeiros, que foi aprovada por PSD, CDS, Chega, IL e JPP.

Para o Secretário-Geral do PS, as propostas do PSD e CDS são “um epílogo de um percurso de legislar sobre as perceções”.

Revelando que foi contactado pelo Governo apenas às 10h30 desta manhã, José Luís Carneiro explicou que o PS não pôde acompanhar a proposta do Governo por as propostas do PS não terem sido aceites.

Ora, o Partido Socialista apresentou um conjunto de propostas “tendo em vista melhorar a proposta do Governo”, tentando “corrigir os erros detetados pelo Tribunal Constitucional”, vincou.

José Luís Carneiro notou que foi aceite a proposta do PS para a realização de acordos bilaterais de trabalho tendo em vista garantir migrações seguras e reguladas na origem, no trânsito e no acolhimento. “Mas tínhamos outra proposta muito relevante” que não foi aprovada, relacionada com os vistos para a procura de trabalho.

“O Governo não esteve disponível e, portanto, o Partido Socialista não tinha condições para acompanhar estas propostas, que foram fechadas com o acordo entre o Governo e o Chega”, salientou.

José Luís Carneiro anunciou depois que o PS irá apresentar uma proposta de decreto-lei “para demonstrar como é possível encontrarmos uma boa relação institucional entre os postos consulares que se encontram em todas as regiões do mundo, o nosso Instituto de Emprego e Formação Profissional, que garante as ofertas profissionais disponíveis no nosso país, e com os vistos à procura de trabalho, quer para profissões qualificadas, quer para profissões que são necessárias para o funcionamento do nosso país, da nossa sociedade, pode ser compatibilizado”.

O PS quer demonstrar que, quem escolhe Portugal para viver, pode “ser integrado com toda a dignidade e com todo o humanismo”, concluiu.

ARTIGOS RELACIONADOS