PS não aceita “precedente” de comissão parlamentar com “conclusão pré-escrita”

Carlos Zorrinho defendeu que aceitar o “precedente” de uma comissão parlamentar com “uma conclusão pré-escrita” não dignificaria o Parlamento, reiterando que o PS recusa integrar a comissão para a reforma do Estado.

“Fazer uma comissão que é uma comissão que tem uma conclusão pré-escrita é um precedente e aceitá-lo seria não dignificar as instituições nem a Assembleia da República”, declarou.

Para o líder parlamentar socialista, o Governo propôs criar uma comissão parlamentar “que já tinha as conclusões, que discutisse o que discutisse, teria que concluir por esse corte de quatro mil milhões, já que esse corte já estava definido no acordo com a troika”, sustentando que tal “é um precedente total” na democracia.

“Achamos que é normal que as propostas do Governo, as propostas do PS e de outros partidos sobre a reforma do Estado sejam discutidas nas várias comissões desta Assembleia, porque a reforma do Estado é um processo permanente e que pode ser feito dessa forma, sem conclusões pré-definidas”, defendeu.