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PS manifesta “apreensão e perplexidade” com executivo que “traz pouco de novo” e que insiste nos erros

PS manifesta “apreensão e perplexidade” com executivo que “traz pouco de novo” e que insiste nos erros

Conhecida a composição do novo Governo que tomará posse esta tarde, o Partido Socialista manifesta “apreensão” e “perplexidade”, lamentando a opção pela subalternização da Cultura, criticando a transição direta da antiga Provedora de Justiça para o executivo e censurando a “solução desgastada” de continuidade na Saúde, sem deixar de assinalar que não subscreve a visão da AD para dar resposta aos desafios que Portugal tem pela frente.

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Perante o novo elenco governativo de Luís Montenegro, o dirigente socialista João Torres afirmou, ontem, em conferência de Imprensa realizada a partir da sede nacional do PS, em Lisboa, que a Aliança Democrática chefiada por Luís Montenegro, “não só não admite os erros como insiste neles”.

“Este é, manifestamente, com toda a clareza, um Governo de continuidade. Não é, de todo, um Governo de novidade”, declarou o deputado socialista, sublinhando que o novo executivo “traz pouco de novo” e que “o pouco de novo que traz gera apreensão ao Partido Socialista”.

Para João Torres, Luís Montenegro “entendeu que o resultado eleitoral das Legislativas do passado dia 18 de maio reforçou cada um dos ministros que compunha o seu anterior Governo”.

“Infelizmente, o senhor primeiro-ministro não teve em consideração, na escolha dos novos ministros e das novas ministras, a degradação ou o declínio das condições económicas e sociais do país, muito em particular em pilares decisivos do Estado social, como é disso exemplo manifesto o setor da Saúde”, deplorou, reforçando a preocupação dos socialistas com “um Governo que reafirma uma total ausência de mudança na estratégia”.

Quanto ao facto de Montenegro insistir em manter Ana Paula Martins na tutela da Saúde, João Torres admitiu haver perplexidade entre os socialistas.

Trata-se, disse, de uma “solução desgastada”, até porque, recordou, a ministra “já demonstrou em inúmeras ocasiões que não está à altura das responsabilidades”.

Depois, condenou o facto de o novo elenco traduzir uma subalternização do setor da Cultura, que foi deixado em segundo plano ao passar de ministério a matéria que deverá conviver, numa só pasta, com questões relativas à Juventude e ao Desporto.

JoãoTorres admitiu igualmente a “apreensão redobrada” dos socialistas pelo facto de Maria Lúcia Amaral “transitar diretamente” de provedora da Justiça para ministra da Administração Interna.

“Não colocamos em causa a legitimidade numa perspetiva legal dessa designação, mas não poderíamos deixar de assumir uma certa estupefação por esta transição direta que, insisto, do ponto de vista do Partido Socialista, desprestigia a função de Provedor de Justiça”, pontualizou.

Já sobre a saída de Pedro Reis do Ministério da Economia, o parlamentar do PS considerou tratar-se de uma mudança forçada pelos “maus indicadores económicos registados no primeiro trimestre deste ano”.

“É a assunção de um falhanço no que diz respeito ao crescimento económico, numa área que a direita e, em particular, a Aliança Democrática, tanto priorizaram no seu discurso político, mas que não acontece efetivamente na prática”, rematou.

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