“A Comissão Política deu todo o apoio ao secretário-geral do PS para que possa constituir um Governo com capacidade política para aproveitar bem, na plenitude, os recursos disponíveis com que o país pode contar para vencer os muitos obstáculos que se têm imposto ao desenvolvimento económico e social”, disse o Secretário-geral adjunto socialista, José Luís Carneiro, falando aos jornalistas no final da reunião.
O ‘número dois’ da direção do PS sublinhou que o resultado das eleições legislativas de 30 de janeiro demonstram que houve um “reconhecimento da competência e da capacidade política” do Secretário-geral socialista, bem como “o acerto” das políticas desenvolvidas pelo Partido Socialista nos últimos seis anos.
“Foi também reconhecido por parte da Comissão Política Nacional que se trata de uma vitória que comporta uma grande responsabilidade”, acrescentou, reiterando haver, por parte de António Costa, uma “disponibilidade que é absoluta” para “ouvir os partidos que querem contribuir” com soluções para o país, mas também as instituições representativas da sociedade civil, para que Portugal possa entrar de novo “num ciclo virtuoso de crescimento económico e de justiça social”.
Prosseguir políticas nas quais todos os portugueses se revejam
No final da reunião, que analisou o novo ciclo político do país, José Luís Carneiro referiu também que foi alvo de reflexão dos socialistas as razões que levaram muitos portugueses a procurar uma resposta em forças políticas, como é o caso do Chega, “que contende” com valores constitucionais.
“É importante compreender, essa foi uma nota que foi objeto de discussão, as razões pelas quais os cidadãos procuram alternativas, (…) nesse caso em concreto, soluções de políticas alternativas que, em alguns casos, contendem mesmo com valores constitucionais”, disse.
A Comissão Política concluiu, neste sentido, prosseguiu o dirigente socialista, que o PS deve “continuar a desenvolver políticas nas quais todas e todos os portugueses se possam continuar a rever, na medida em que, ao reverem-se nessas políticas, estão também a contribuir para o fortalecimento democrático e dos valores constitucionais”.
Uma nota que os socialistas também quiseram assinalar foi “a importância” que teve a participação dos portugueses nas eleições legislativas de 30 de janeiro.
“Quando os eleitores sentem que algo de muito importante está em questão, mobilizam-se para votar, e mobilizaram-se para manifestar a sua confiança absoluta no Governo do PS e no primeiro-ministro, António Costa”, sustentou José Luís Carneiro.