Como adiantou Paulo Cafôfo no final da reunião, os socialistas, numa postura coerente, tomaram a decisão de votar favoravelmente a moção, garantindo que não poderiam nem vão segurar este Governo de Miguel Albuquerque.
Como explicou o líder socialista, se, por altura da apresentação do Programa de Governo, o PS votou contra a moção de confiança, agora, numa atitude coerente, também não iria votar contra uma moção de censura, tendo até em conta tudo o que tem acontecido ao longo deste mandato.
“Temos um presidente do Governo que é arguido por casos de corrupção ativa e passiva, que não quer responder à Justiça e que não pede a retirada da sua imunidade enquanto membro do Conselho de Estado. Temos um Governo de oito elementos, cinco dos quais, incluindo o presidente, estão a contas com a Justiça”, adiantou, vincando que isto “não é normal nem aceitável” em democracia.
Além disso, Paulo Cafôfo referiu-se ao facto de, num momento tão difícil como aquele dos incêndios de agosto, o presidente do Governo ter fugido às suas responsabilidades. “Em vez de gerir os incêndios e estar ao lado do seu povo, fugiu para o Porto Santo, para se estender a apanhar sol numa espreguiçadeira no areal”, condenou.
“É por isso que nós não podemos segurar um presidente com esta postura e um Governo que perdeu toda a credibilidade”, explicou o líder do PS/Madeira, acusando Miguel Albuquerque de estar “agarrado ao poder por interesse próprio, para não responder à justiça”. “Não lhe interessam os madeirenses e os porto-santenses, interessa-lhe manter-se agarrado ao poder custe o que custar”, disse, vincando que isto é algo que não pode ser aceite e é por essa razão que o PS irá votar favoravelmente a moção de censura.
Paulo Cafôfo reforçou que esta foi uma decisão “ponderada, refletida e responsável”, dando conta que os madeirenses não compreenderiam que, com o historial de luta contra este regime, num momento tão decisivo como este o PS hesitasse em votar favoravelmente a moção de censura.