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PS Madeira propõe plataforma democrática

PS Madeira propõe plataforma democrática

O Partido Socialista-Madeira realizou, no passado dia 22 de Agosto, a Festa da Liberdade. No discurso que endereçou aos militantes, o Presidente do Partido, Jacinto Serrão, advogou o surgimento de uma convergência partidária em resposta ao que catalogou como a “situação de emergência” vivida na Região Autónoma da Madeira nos planos económico e social. O PS-Madeira propôs assim, na Fonte do Bispo, a criação de uma plataforma democrática entre os partidos da oposição regional.

A plataforma anunciada por Jacinto Serrão propõe às várias forças políticas e sociais uma convergência, capaz de garantir dois objectivos: o primeiro, a defesa do estado social e os direitos nele consagrados; o segundo, a reforma do sistema autonómico, nomeadamente a reforma do Parlamento, a revisão do Estatuto Político-Administrativo e o alargamento das competências autonómicas. O fundamental, frisou o líder socialista, é que esta reforma seja capaz de injectar melhor democracia e mais pluralidade nos órgãos de governo próprio da RAM, com destaque para a Assembleia Regional.
Jacinto Serrão afirmou ainda que a defesa do estado social, ameaçado pelo projecto de revisão da constituição do PSD, “pressupõe uma ampla base de apoio, com o contributo de diferentes correntes políticas e sociais”. Essa é de resto uma das novidades complementares da proposta apresentada pelo líder dos socialistas. Para lá do diálogo inter-partidário, Jacinto Serrão alarga a sua proposta de convergência aos movimentos cívicos, às organizações patronais, sindicais e culturais e a todas as entidades disponíveis para um “pacto de progresso capaz de retirar a Madeira da grave crise em que se encontra”. Tem a palavra agora a oposição…
À margem do anúncio da plataforma democrática, o discurso de Jacinto Serrão focou matérias relevantes como o processo de reconstrução, a defesa dos direitos dos trabalhadores e a proposta de revisão da lei fundamental de Passos Coelho, que o Presidente do Partido recusa liminarmente.
“Apelo a todos os madeirenses, independentemente da sua condição social ou política, para se mobilizarem contra esta proposta, que põe em risco direitos fundamentais conquistados com o 25 de Abril”, declarou.