Na data em que se assinala o Dia do Trabalhador, Sérgio Gonçalves deu conta das situações de precariedade que continuam a se verificar e mencionou o facto de a Madeira ter os rendimentos mais baixos do país. Fatores que, explicou, levam à emigração ou à pobreza e que contribuem para que a Madeira seja a região com a mais alta taxa de risco de pobreza e exclusão social.
O líder dos socialistas madeirenses referiu serem vários os setores em que, muitas vezes, são esquecidos os trabalhadores. “Quando se olha, por exemplo, à saúde, nós defendemos que se devam reduzir ou eliminar as listas de espera, mas é preciso também olhar aos trabalhadores do setor e, no caso específico, aos enfermeiros que ainda não receberam as compensações prometidas pelo Governo Regional em 2020 e 2021, devido à pandemia de Covid-19”, declarou.
Por outro lado, no que se refere à educação, adiantou que o PS defende a gratuitidade dos manuais, transportes e alimentação na escolaridade obrigatória, mas considerou que “é preciso olhar também para a situação dos docentes”, cuja integração nos quadros da administração pública ao fim de três não pode acontecer apenas em ano de eleições. Trata-se, como classificou, de “uma medida eleitoralista que não se pratica nos outros anos, e que seria de inteira justiça para os professores”.
Por outro lado, além da administração pública, onde há muito por fazer em todas as áreas, o presidente do PS/Madeira defendeu que, no privado, tem de existir entre o Governo Regional, os sindicatos e as empresas “uma verdadeira concertação social que permita estabelecer acordos de rendimentos, de salários, de competitividade, que permitam de alguma forma aumentar as remunerações de forma sustentada ao longo do tempo e dar melhores condições aos trabalhadores”.
Nesta ordem de ideias, garantiu que o PS se propõe a fazer diferente e a valorizar, efetivamente, o trabalho na Região, para que as pessoas que cá nascem possam cá viver, trabalhar e fazer a sua vida sem terem de emigrar em busca de melhores oportunidades.