A posição foi defendida por Sérgio Gonçalves, na última sexta-feira, aquando de uma visita efetuada à empresa ‘Mavipp’, situada no Parque Empresarial de Machico, iniciativa que se inseriu no âmbito do roteiro ‘Compromissos e Soluções’, promovido pelo Grupo Parlamentar do PS, e que visa, precisamente, conhecer a realidade e as preocupações do tecido empresarial para encontrar melhores soluções para responder aos seus problemas.
Na ocasião, o presidente do PS/Madeira criticou o facto de o Governo ter alocado todas as verbas do PRR (quase 600 milhões de euros) a investimento público e deu também conta das falhas observadas ao nível da linha de crédito INVESTE RAM, criada durante a pandemia para ajudar as empresas. Conforme referiu, a linha contemplava 100 milhões de euros que “supostamente teriam sido derramados pela economia”, mas os dados apontam para que, desse montante, efetivamente só tenham sido pagos às empresas 29 milhões de euros a fundo perdido (menos de 30% daquilo que tinha sido anunciado já em 2020). Razão pela qual, explicou, ainda hoje decorre uma comissão de inquérito com a audição ao secretário regional da Economia, precisamente para prestar esclarecimentos sobre esta matéria.
O líder socialista sublinhou que o PS tem vindo a defender na Assembleia Legislativa da Madeira medidas específicas de apoio às empresas, porque “só apoiando o tecido empresarial é que nós podemos criar mais e melhor emprego e pagar melhores salários aos trabalhadores”.
Conforme apontou Sérgio Gonçalves, a Madeira continua a ser a região do país com a mais alta taxa de desemprego, com os salários mais baixos e com o menor poder de compra. Por isso, “num período em que discutimos agora o Orçamento Regional para 2023, é importante que existam medidas diferentes, que venham colmatar estas falhas da governação recentes e que possam, efetivamente, apoiar o nosso tecido empresarial”, defendeu.
O líder dos socialistas madeirenses aproveitou também para reivindicar a variante que ia ligar o Parque Empresarial de Machico à via expresso, prometida há muito tempo pelo Governo Regional, mas nunca executada, o que já levou a que algumas empresas tenham deixado este parque devido às dificuldades de acesso. “Há medidas específicas de apoio às empresas, mas há também outros investimentos que são necessários executar e implementar, para dar possibilidade aos parques empresariais de se desenvolverem, às empresas de se fixarem neste território e criarem emprego fora dos principais centros urbanos”, concluiu Sérgio Gonçalves.