PS-Madeira apresenta cinco eixos para impulsionar economia da Região
O deputado Paulo Cafôfo, em declarações à comunicação social, começou por referir que a Região está a atravessar “uma crise social e económica”, e que “os madeirenses já estão a senti-lo, com uma grave contração na economia, o aumento do desemprego e com aquele que é o nosso principal setor, o Turismo, a ser gravemente afetado”.
“É por isso que o Orçamento Suplementar que irá ser elaborado pelo Governo Regional e debatido e discutido aqui na Assembleia Regional é extremamente importante”, apontou.
No entanto, o socialista alerta que este momento “não é só para ver uma correção das contas”, destacando que “este orçamento é importantíssimo para impulsionar a nossa economia e acelerar a retoma que tanto necessitamos”.
Paulo Cafôfo destaca assim que “precisamos, por essa razão, de um orçamento que seja responsável e robusto, cujo a prioridade seja o aumento dos apoios às famílias e às empresas”.
Dessa forma, o PS-Madeira defende uma redução na despesa pública, referindo assim que “defendemos que haja um corte nos gastos supérfluos, que são autênticos sorvedouros dos dinheiros públicos, como são as sociedades de desenvolvimento, que devem ser extintas, ou a revisão da concessão das parcerias público-privadas rodoviárias”.
“Mas também uma adequação e um ajustamento do atual quadro comunitário, onde os programas devem ser revistos e adaptados para responder às necessidades atuais”, acrescentou.
Paulo Cafôfo considera que este é “o momento de escolhas decisivas”, sublinhado ainda que não se devera “cometer os erros do passado”.
“O dinheiro deve ser aplicado onde faz mais falta e devemos criar condições para o crescimento económico sustentável, aumentando a resiliência da nossa economia”, frisou.
O parlamentar reforçou a mensagem do “reinventar a Madeira”, explicando que essa reinventar deve ser acompanhado de reformas estruturais, capazes de fortalecer a economia regional.
“Neste contexto de Orçamento Suplementar, era necessário termos um plano de recuperação económica. Infelizmente o Governo Regional ainda não fez, ao contrário do Governo da República e do Governo dos Açores, que já têm este plano”, afirmou.
Paulo Cafôfo refere assim que “é necessário um programa global de políticas económicas e sociais que possam ser executadas no Orçamento Suplementar”.
Cinco eixos prioritários
Dessa forma, o PS-Madeira irá dar o seu contributo, onde definiu cinco eixos prioritários por considerar que “o Orçamento Suplementar deverá servir para impulsionar a economia regional”.
Num primeiro eixo, Paulo Cafôfo debruça-se sobre a economia, onde diz que “necessitamos de aumentar os apoios às empresas”.
“O Governo Regional criou a linha Covid-Madeira, com mais de 100 milhões de euros, que tem tido atrasos incompreensíveis. Criou depois uma segunda linha de apoio que foi prometida em abril, o secretário regional da Economia disse que esta linha estava desenhada em maio e o vice-presidente do Governo Regional veio agora, em junho, dar como novidade essa linha. Ora, há uma desorientação política que os empresários não compreendem e, portanto, precisamos de neste orçamento definir muito bem e aumentar os apoios às empresas”, explanou.
Num segundo eixo, o deputado apontou o apoio ao Turismo, pela sua importância na economia regional, defendendo a necessita de adotar medidas excepcionais.
“O PS-Madeira já defendeu a criação de um fundo de captação de novas rotas, mas também a necessidade de aumentar as verbas para a promoção do Destino Madeira”, referiu.
Um terceiro eixo, recai sobre um sector que tem sido mais falado durante esta pandemia, o da Saúde. “Temos de uma vez por todas resolver o subfinanciamento crônico da Saúde e temos, neste orçamento, de dar uma dotação de verbas que possam corrigir, não só os problemas do Sistema Regional de Saúde, como as situações que se acumularam ao longo desta pandemia”, defendeu.
Paulo Cafôfo destacou ainda que “a construção do novo hospital é e deve ser neste momento uma prioridade”, defendendo o “aceleramento” deste projeto.
Um quarto eixo prende-se com o fundo de emergência de apoio social criado, “cujo as carências que constatamos, as necessidades socioeconómicas das pessoas são tão grandes que necessita também de ser reforçado”, apontou.
Por último, num quinto eixo, o socialista abordou o investimento público, onde destacou que “o investimento público é fundamental para servir de alavanca, servir de motor para impulsionar toda uma economia”.
“Essas são as propostas que apresentaremos no âmbito do Orçamento Suplementar e que esperamos que sejam acolhidas por parte do Governo Regional”, concluiu.