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PS lamenta que não haja sinais mais claros da alteração do programa português

PS lamenta que não haja sinais mais claros da alteração do programa português

O PS considerou importante o alargamento do prazo de pagamento da dívida, mas advertiu que isso não chega, lamentando a ausência de “sinais claros” de mudança do programa de ajustamento português.

Considerando que o acordo dos ministros das Finanças da União Europeia ao pedido de Portugal para alargar os prazos de pagamento dos empréstimos “é importante” e corresponde a uma proposta do PS, o deputado Fernando Medina defendeu que era necessário uma resposta sobre as “questões dramáticas” que o país enfrenta, como a situação económica e o desemprego.

“Nós lamentamos que da decisão do Ecofin não tenham vindo sinais muito mais claros da alteração do programa português”, afirmou, no final da reunião com os representantes da troika.

Para o PS, “pequenos ajustes, como mais um ano para a consolidação orçamental, não são neste momento suficientes para enfrentar” a situação do país, disse, frisando que tem de haver “respostas concretas” para recuperar a economia que “está a cair cada vez mais”.

“Uma estratégia de pequenos ajustamentos, ou pedir mais um ano, ou diluir o corte de quatro mil milhões de euros por dois ou três anos como tem sido pré-anunciado, em nossa opinião não são resposta para a situação”, afirmou, acrescentando que, se a sétima avaliação não for mais longe, será “uma avaliação falhada”.

A posição do PS sobre este ponto insere-se na mensagem que foi transmitida hoje aos representantes da troika, no sentido de que o “ajustamento precisa de alterações profundas para retomar uma trajetória de credibilidade”.

“Consideramos essencial que se estabilize a procura interna, quer os rendimentos das famílias quer também a recuperação do emprego, é absolutamente essencial parar com a adoção de mais medidas de austeridade” e “um sinal de que é necessário olhar para a dívida com uma trajetória de sustentabilidade de médio e longo prazo”, disse.