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PS lamenta “alarmismo irresponsável” do PSD

PS lamenta “alarmismo irresponsável” do PSD

“O Grupo Parlamentar do PS queria repudiar veementemente as declarações irresponsáveis do deputado Adão Silva [PSD] e o anúncio de um projeto que pretende proibir a Santa Casa de fazer investimentos financeiros. Não compreendemos esta posição, parece-nos alarmista e infundada”, considerou o vice-presidente da bancada parlamentar do PS João Galamba, depois de os sociais-democratas anunciarem que vão entregar um projeto de resolução para proibir a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital do Montepio.

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PS lamenta “alarmismo irresponsável” do PSD

João Galamba lembrou que “a Santa Casa tem disponibilidades financeiras que investe há muitos anos: já o fez no passado em aplicações no setor financeiro, já o fez no imobiliário, já o fez nos seguros”. “Não há propriamente aqui nenhuma novidade, nem nenhuma linha vermelha que tenha sido ultrapassada pela primeira vez”, garantiu o socialista, afirmando que o dinheiro que será aplicado no Montepio “não será retirado à ação social”.

O porta-voz do PS recordou até que a Santa Casa participou na abertura do capital dos CTT, na altura do anterior Executivo de direita. “O alarmismo irresponsável criado hoje pelo PSD contraria toda a história da Santa Casa e a tutela que o PSD já teve sobre esta instituição”, criticou.

“Dizer que o Governo deve proibir um investimento específico, que está dentro das competências e da autonomia da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, parece-nos totalmente despropositado e uma irresponsabilidade do PSD”, atestou João Galamba, explicando que a Santa Casa tem estatutos, órgãos e competências próprias, sendo que nunca se apontou qualquer irregularidade ou violação dos estatutos neste processo.

O deputado do PS defendeu ainda que estas posições do PSD “estigmatizam” o Montepio como “se fosse um bando de malfeitores”.

“Um partido com a responsabilidade do PSD não pode ter este tipo de discurso”, asseverou João Galamba, uma vez que lançam “cortinas de fumo” e instalam o “pânico”.