Durante a sessão de apresentação da candidatura, na freguesia de Algueirão-Mem Martins, na presença do Secretário-Geral do PS, José Luís Carneiro, e do co-porta-voz do Livre, Rui Tavares, os partidos que constituem a coligação para a autarquia, foi também anunciado que o antigo ministro e autarca socialista João Soares será o candidato à Assembleia Municipal.
Num concelho de gestão autárquica socialista, mas no qual o Chega foi a força mais votada nas últimas legislativas, José Luís Carneiro afirmou que “é com a força da democracia que vamos derrotar a demagogia, o populismo e todos quantos querem colocar em causa o nosso projeto” para a vida das pessoas e para o desenvolvimento do território.
O líder socialista destacou ainda que a coligação com Livre, neste município, representa a natureza do PS: “um projeto de abertura e de diálogo”.
Acompanhando as palavras do Secretário-Geral do PS, Ana Mendes Godinho sublinhou que a candidatura que encabeça é um garante de afirmação pelo progresso e de combate “contra a política do medo, do ódio e da divisão”.
“Nós sabemos que há quem queira transformar a frustração das pessoas em raiva, a diversidade de Sintra numa ameaça, mas nós escolhemos outro caminho. Em Sintra, connosco, comigo, nunca serão lidos nomes de crianças em voz alta para acentuar as nossas diferenças”, disse a socialista, acrescentando que a sua candidatura “não se levanta contra ninguém, levanta-se por todos” e que “Sintra não precisa de regressos nem retrocessos, precisa só de respostas de proximidade, de energia, de trabalho, de coragem para fazer diferente”.
Também presente na cerimónia, o atual presidente da autarquia, Basílio Horta, elogiou a candidatura de Ana Mendes Godinho e apelou a uma forte mobilização para combater o risco do populismo e garantir o progresso do concelho.
“Uma coisa é voltar ao passado, e a lista do PSD é claramente um regresso ao passado, mas a lista do Chega é voltar ao passado com problemas sérios na liberdade individual e coletiva”, disse.
“E é bom dizer isso com total clareza, porque há guerras” que têm de ser “travadas em tempo útil e este é o tempo de a travar”, defendeu Basílio Horta, afirmando a convicção de que, apesar do combate não ser fácil, o PS vai manter o ciclo de vitórias em Sintra.