PS governou a pensar no país
“Não temos vergonha de nenhuma parte dos resultados obtidos porque sabemos que não é possível fazer tudo ao mesmo tempo e fazer tudo bem para toda a gente”, atestou numa declaração política na reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República. Reconhecendo que não ficou tudo feito, o socialista pediu confiança para que se continue o caminho e se faça ainda mais e melhor. “O GPPS tem consciência que temos de fazer mais e há muitas matérias que precisamos fazer melhor. Mas todos os portugueses sabem que a política exige escolhas e que ao fazê-las há sempre alguém ou algo que não fica tão beneficiado”, afirmou. O parlamentar atestou, porém, que com o PS ninguém “fica para trás ou esquecido”. No entanto, é preciso um voto de confiança. “Precisamos de mais força. É necessário menos impedimentos, menos barreiras que travam a vontade reformista do PS para chegar a todos de forma justa, sem gerar desequilíbrios mantendo o crescimento económico e consolidando a credibilidade”, apelou, porque, lembrou, se o país conseguiu os resultados que conseguiu foi por causa do empenho do PS.
PS foi guardião da estabilidade e credibilidade
“Chegamos aqui e com resultados incontestáveis porque desenhamos um bom programa de governo e cumprimos a sua execução, sem falhas e sem falsas promessas. Definimos metas firmes baseadas em diagnósticos sérios e competentes e fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para as alcançar”, enalteceu. “Fomos sempre os guardiões da credibilidade e cumprimento das promessas feitas”, precisou, apontando o dedo aos que querem colher dividendos do trabalho alheio. “Há quem hoje queira se colocar em bicos de pés para recolher dividendos eleitorais”, acusou, para lembrar que “eram os mesmo que sempre se colocaram à margem do cumprimento das metas do défice e da correção dos desequilíbrios”.
Carlos Pereira recordou que o PS “não foi nessa cantiga”. “Aguentamos e resistimos porque sabíamos que a recuperação da credibilidade do país era indispensável para conquistarmos a confiança dos portugueses, mas também das instituições europeias e dos investidores”, clarificou, lamentando o ruído de pré-campanha. “Até parece que a atual solução governativa foi desenhada a pensar no BE e no PCP, como se os portugueses ansiassem pela coletivização forçada dos meios de produção, com expropriações em massa e nacionalizações em catadupa”, insurgiu-se. “Sabemos todos que não. Foi o caminho encontrado”, esclareceu, numa declaração em jeito de balanço.
Dar força ao partido que virou a página da austeridade
O vice-presidente do GPPS regozijou-se ainda com o facto de Portugal estar hoje, por tudo o que foi feito, melhor. “O país está mais preparado porque assumiu o controlo da sua dívida e paga juros historicamente baixos, cresce acima da média da UE e estancou o desemprego”, recordou. “Nenhuma crise externa fará o país voltar à subida de impostos ou ao desemprego galopante”, assegurou.
Carlos Pereira disse, porém, que é preciso ter memória. “Ninguém pode esquecer que chegamos aqui depois de estarmos às portas do Inferno em 2015, num purgatório longo que os portugueses não esquecem por isso o caminho para o futuro não pode ser voltar ao passado, mas reforçar o presente dando força ao partido que soube virar a página da austeridade com rigor e exigência”, concluiu.