PS garante que setor florestal vai inverter declínio no espaço rural
Joaquim Barreto sublinhou que as propostas de lei em discussão foram submetidas pelo Executivo “a um longo processo de discussão pública”, defendendo que é necessário um “consenso alargado também na sociedade portuguesa em torno das florestas”.
Com estas medidas, o Governo, ao contrário do anterior Executivo de direita, “está a agir e a construir uma floresta de futuro sustentável do ponto de vista económico, ambiental e social”, afirmou o deputado, que lembrou que é essencial investir na arborização, incentivar o cultivo de terrenos incultos, dar prioridade à gestão e prevenção da floresta para diminuir os custos com o combate aos incêndios, e lutar contra a desertificação e o despovoamento do interior.
150 mil hectares de floresta perdida
Joaquim Barreto revelou que, a nível económico, o Governo vai “garantir a rentabilidade dos investimentos nesse setor aumentando as áreas com floresta e potenciando as atividades de base industrial apoiadas na fileira florestal”; a nível ambiental, vai “aumentar a fixação de carbono, melhorar o ciclo da água e manter o equilíbrio dos solos, fomentando simultaneamente os produtos eco sustentáveis”; já a nível social, vai garantir “remunerações e rendimentos profissionais ao trabalho aplicado na floresta com uma justa distribuição de riqueza e com maior fluição por parte das comunidades”.
“Não podemos ignorar que 35,4% dos solos de Portugal continental têm aptidão florestal e que nos últimos 15 anos perdemos mais de 150 mil hectares de floresta, com acréscimo de mais de 300 mil hectares de matos e pastagens em consequência da perda da área florestal e dos terrenos incultos”, salientou.
O parlamentar socialista saudou, ainda, o Bloco de Esquerda por, através do seu projeto de lei, ter proporcionado “uma abordagem mais plural da legislação florestal”.