“Nós não escondemos os problemas nem os ignoramos. Perante os problemas, o Partido Socialista é movido pela missão de trabalhar para os resolver. Aqui reside uma diferença encontrada numa palavra simples, mas fundamental: “empatia””, realçou o líder socialista, falando a centenas de militantes e simpatizantes num jantar de reis organizado pela concelhia de Vizela.
Numa intervenção muito aplaudida, Pedro Nuno Santos apontou baterias à falta de soluções da direita para o país, lembrando o histórico do PSD, que disse ser “o partido da instabilidade” de má memória para os portugueses.
“A direita sempre fingiu ouvir, apenas para prometer uma coisa e depois fazer outra. É por isso que a sua história com os portugueses se define pela incapacidade de ser solução”, afirmou.
“Ao dia de hoje, nós já sabemos que o líder do PSD não vai governar. O líder do PSD já disse duas coisas que o impedem de algum dia poder governar Portugal. Ele disse ao país que não governa se ficar em segundo lugar, ele disse ao país que não governa com o Chega. Aquilo que o líder do PSD disse ao país é que não terá condições, no dia 10 de março, para governar Portugal”, acrescentou o líder do PS.
Pelo contrário, sublinhou Pedro Nuno Santos, o que o PS tem para oferecer ao país é “estabilidade, previsibilidade e segurança”.
“A história do PS, a sua extensa ação política e governativa a nível nacional e local, define-se pela disponibilidade para escutar ativamente e agir”, sem deixar de reconhecer “que nem tudo está bem. Sabemos que muita coisa melhorou nos últimos oito anos, mas estamos prontos para continuar a escutar e a trabalhar”, sustentou o Secretário-Geral socialista.
Perfil transformador da economia
Antes do encontro em Vizela, o Secretário-Geral do PS visitou, em Matosinhos, o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, com um vasto trabalho na produção de soluções sustentáveis nas áreas da mobilidade, aeroespacial, ambiente e saúde, que destacou como “um exemplo notável de inovação, investigação e desenvolvimento tecnológico”.
Na ocasião, Pedro Nuno Santos, salientou que que são projetos desta ambição e reconhecimento internacional “que nos lembram a importância fundamental do investimento e apoio público à investigação” e a projetos empresariais que são “transformadores do perfil” da economia portuguesa.
“Devemos criar as condições para a valorização de projetos que criam valor reconhecido, cá e lá fora. Para isso temos de melhorar a identificação destes projetos estruturantes para a nossa economia, para podermos canalizar o investimento público com mais eficácia e maior potencial de transformação”, defendeu o líder socialista.