“Podemos dizer, com toda a confiança, que o PS continua a ser o maior partido autárquico nacional, tendo a terceira vitória eleitoral consecutiva em eleições autárquicas, quer em número de câmaras, quer em número de freguesias”, disse o líder socialista, salientando as cerca de 150 presidências em municípios e a vitória em 1.190 freguesias.
Falando na sede nacional do PS, em Lisboa, António Costa começou por dirigir uma saudação especial “a todas as portugueses e a todos os portugueses” pelo “forte empenho cívico” de participação no ato eleitoral, ressalvando que “apesar de ser marcado por uma forte taxa de abstenção”, observou-se, ainda assim e no mesmo contexto pandémico, um nível de participação “bastante superior” ao que se verificou nas recentes eleições presidenciais.
Uma segunda saudação, por parte do Secretário-geral do PS, teve como destinatários “os cerca de 180 mil cidadãos que, de uma forma ativa, participaram neste ato eleitoral”, nas diferentes candidaturas, às assembleias de freguesia, às assembleias municipais e às câmaras municipais.
Abordando depois os resultados das eleições deste domingo, que observou [mesmo não contando com os escrutínios finais de Sintra, Loures e Lisboa] terem sido globalmente idênticos aos de 2013 e não muito distantes dos de 2017, quando o PS obteve a sua maior vitória de sempre no poder local, António Costa dirigiu uma calorosa felicitação a todos os militantes socialistas e, em particular, aos candidatos autárquicos do partido, destacando que esta “é a segunda vez, na história”, que um partido ganha três vezes consecutivas: “Foi assim já, com o PS, em 1989, 1993 e 1997, é agora de novo com o PS, em 2013, 2017 e 2021”.
“Como é natural, não ganhámos em todos os municípios e em todas as freguesias, mas mesmo onde não ganhámos tivemos subidas absolutamente notáveis, noutros casos tivemos derrotas de que não gostámos, como tivemos muitas vitórias nas quais temos muito orgulho. No balanço final e no conjunto nacional, continuamos a ser o maior partido autárquico”, afirmou.
Assinalando que, num contexto difícil, de seis anos de governação e de uma grave crise sanitária, económica e social, os portugueses “renovaram a sua confiança no PS, atribuindo-lhe uma vitória eleitoral”, o líder socialista apontou que agora é tempo de “arregaçar as mangas” e de olhar para os desafios do futuro que se colocam ao país.
“Estamos num ponto de viragem na gestão da pandemia. Temos de concentrar todas as nossas forças no essencial: Relançar a economia, apostar tudo na criação de mais e melhor emprego e prosseguir a nossa agenda estratégica de responder aos desafios das alterações climáticas, das desigualdades, da demografia e no desafio de podermos ter a inovação e as qualificações como os grandes motores do desenvolvimento. É nisto que estaremos concentrados, para o sucesso do nosso país”, garantiu.