Esta quarta-feira, numa ação de campanha no bairro da Nazaré, em São Martinho, o cabeça de lista do PS ouviu as preocupações das pessoas, entre as quais figuram as carências habitacionais e a dificuldade de acesso ao mercado imobiliário, e apontou o exemplo de uma mãe que lhe transmitiu que o seu filho, de 30 anos, não consegue sair da casa dos pais, precisamente porque, mesmo trabalhando, não pode comprar ou arrendar casa.
“Nós precisamos de dar prioridade à habitação e é por isso que, com um futuro Governo Regional liderado pelo PS, a prioridade do betão será sempre a habitação, e nunca aumentar a Pontinha ou qualquer outra obra desnecessária”, afirmou.
Sérgio Gonçalves deu conta das soluções concretas que o PS tem para este setor, celebrando contratos-programa com todas as autarquias e promovendo habitação cooperativa, cedendo terrenos do Governo Regional “para que se possa disponibilizar habitações a custos controlados”.
O candidato socialista à presidência do Governo Regional pretende igualmente valorizar os rendimentos dos madeirenses, reduzindo o IRS, assim como baixar o IVA para que seja possível reduzir o preço dos bens e serviços.
Por outro lado, aproveitou para denunciar o clima de medo que é incutido pelo PSD e pelo Governo, que “não se poupam às mesmas artimanhas e aos mesmos truques de sempre”, com o intuito de ganhar votos. “Temos de acabar com esse receio que existe de mudança”, frisou Sérgio Gonçalves, mostrando-se convicto de que os madeirenses já não se deixam enganar e não têm medo de mudar e de votar diferente.
“É tempo de a Madeira e os madeirenses terem um Governo que governe todos os dias e não apenas em vésperas de eleições”, rematou.
Desejo de mudança
Já no jantar-comício que decorreu ao final do dia, na Ponta do Sol, o cabeça de lista do PS às eleições do próximo domingo insistiu na condenação da postura eleitoralista do executivo, dando como exemplo o anúncio feito hoje [quarta-feira] de que será pago o subsídio Covid aos profissionais de saúde.
“A pandemia foi em 2020 e 2021, estamos em setembro de 2023 e o subsídio será pago na sexta-feira, que é o último dia de campanha, uma vez mais para enganar as pessoas com os truques habituais deste Governo Regional e deste PSD”, denunciou.
O candidato socialista foi mais longe na crítica às equipas de campanha do PSD e do CDS por, porta a porta, tentarem “enganar os mais velhos, dizendo que se tivermos um governo do PS não irão receber as suas reformas”. “Isto é uma vergonha, é inaceitável e nós não deixaremos essa mentira passar”, disparou.
“Tudo vale para o PSD. Tudo vale para o Governo Regional, mas nós temos a coragem, a determinação de o denunciar, de o combater e de dizer a verdade às pessoas”, afirmou.
Perante os aplausos da plateia, Sérgio Gonçalves aproveitou para apontar algumas das prioridades do futuro Governo Regional por si liderado, nomeadamente pela valorização dos salários e dos rendimentos, pela valorização da Administração Pública, repondo o subsídio de insularidade de 2%, assim como o compromisso de aumentar o complemento regional para idosos e de implementar a gratuitidade da escolaridade obrigatória.
Encontrando-se na Ponta do Sol, aproveitou para assegurar que o Governo do PS irá, igualmente, valorizar os rendimentos dos agricultores, implementando as compras públicas ecológicas e adquirindo produtos regionais para as cantinas, escolas e hospitais.
Sérgio Gonçalves deixou ainda o apelo para que, no dia 24, os madeirenses votem no PS e façam a escolha que a autarquia de Ponta do Sol já fez: “Onde o PS governa as pessoas vivem melhor”.
Por seu lado, a autarca socialista Célia Pessegueiro lembrou que a Ponta do Sol experimentou a mudança em 2017, reconfirmou-a em 2021 e agora quer ajudar a fazer a mudança na Madeira.
A também mandatária da candidatura deu conta que, em 2017, na última semana de campanha, houve sondagens que davam uma diferença de 20% para o PS relativamente ao PSD na Ponta do Sol e, no dia das eleições, o PS acabou por ganhar. Manifestou, por isso, a certeza e o desejo da população de que a mudança aconteça na Madeira.
