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PS fará tudo para que Portugal não precise de segundo programa de assistência financeira

PS fará tudo para que Portugal não precise de segundo programa de assistência financeira

O líder do PS prometeu que fará tudo ao seu alcance para que Portugal não precise de um segundo resgate e acusou o Governo de querer promover mais cortes e despedimentos.

António José Seguro asseverou, durante o debate quinzenal na Assembleia da República, que tudo fará para evitar que Portugal seja “alvo de um segundo programa de assistência financeira”.

Acusou o Governo e a troika de falarem “em sucesso” e de estarem “auto satisfeitos com o programa que está a ser aplicado” ao país. Mas, questionou, “se esse é o sucesso, por que falou o primeiro-ministro há menos de 15 dias sobre a necessidade de um segundo programa de ajuda externa para Portugal?”.

O líder socialista acusou Passos Coelho de não ter palavra: “Os portugueses não vivem das suas palavras, vivem da realidade e a realidade é completamente diferente”. “Diz que a recessão deste ano vai ser menor do que o previsto (-1,8%), mas ao menos haja decência. Qual o número que previa há um ano? Era de -1%. Quem é que o senhor julga que engana? Tem de haver decência na vida pública”, alertou.

Por isso, António José Seguro deixou uma advertência: “Fica claro que o primeiro-ministro de Portugal disse no Parlamento, a 4 de outubro de 2013, que Portugal não vai precisar de um novo programa de ajuda externa, tenha a designação que tiver. Isso é que fica nos registos”.

Para comprovar a falta de palavra de Pedro Passos Coelho, o secretário-geral do PS recordou que, “em novembro do ano passado, o primeiro-ministro prometeu uma reforma do Estado até final de fevereiro. Passou fevereiro e não apresentou. Prometeu depois um guião até ao final de junho, mas passou junho e não encontrámos nenhum guião”. Depois, o primeiro-ministro falou de um novo calendário até setembro. Porém, “passou setembro e não há ainda nenhum guião. A única coisa que apresenta são cortes e já ficámos a saber que, com o seu Governo, não haverá nenhuma reforma do Estado”.

Para António José Seguro, a reforma do Estado “era apenas um embrulho para esconder despedimentos, diminuição de salários e mais cortes nas pensões da função pública”.