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PS exige participar na escolha de próximo comissário europeu

PS exige participar na escolha de próximo comissário europeu

O secretário-geral do PS disse hoje no debate preparatório do Conselho Europeu que “não abdica” de discutir com o Governo o próximo comissário europeu indicado por Portugal, visto que o PS venceu as últimas eleições europeias.

“A questão central deste conselho europeu é a designação do próximo presidente da Comissão Europeia. E, para os Democratas, não há outro critério. Quem ganha as eleições deve designar o candidato”, disse António José Seguro no início da intervenção, concluindo que, por isso, o PPE deve poder indicar Jean-Claude Juncker, e que “o mesmo critério deve estar presente para a designação do Colégio Europeu”. Ou seja, dado que o PS ganhou as eleições europeias em Portugal, “ o PS não abdica, sobretudo por essa maioria de razão, de discutir com o governo quem será a personalidade portuguesa que está em melhores condições de poder defender e afirmar os interesses de Portugal” na Comissão Europeia.  “Estamos disponíveis para conversar com o Governo, para podermos encontrar um consenso nacional no que diz respeito à indicação da melhor personalidade para defender os interesses de Portugal”, disse o líder socialista.

Durante o próximo mandato da Comissão Europeia, o PS considera “urgente completar a união económica e monetária”, dotando a zona euro de uma capacidade orçamental “para fazer o que não tem vindo a fazer os últimos cinco anos”, dinamizando a economia. Seguro considera ainda que “é inaceitável, e está a produzir os resultados que se conhecem”, a existência de 18 políticas orçamentais diferentes, e que o “Banco Central Europeu deve ser dotado de todas as capacidades e instrumentos que existem noutros bancos centrais”, algo que o Partido Socialista tem defendido há largos meses. A Europa deveria também poder “responder de forma comum ao problema das dívidas soberanas”, dado que a gestão europeia de parte dessa dívida permitiria reduzir taxas de juro do financiamento, significando a diminuição dos custos da dívida e défice para os países.