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PS exige esclarecimentos do Governo sobre cortes e encerramento de serviços

PS exige esclarecimentos do Governo sobre cortes e encerramento de serviços

O Partido Socialista acusou o Governo de “atacar sem pudor” as pessoas e os territórios.

“O governo que falhou no desemprego, no défice e na dívida pública, insiste em manter um inaceitável clima de incerteza sobre o futuro e sobre as condições de vida dos portugueses, com especial enfoque nos jovens, nos idosos e nos funcionários públicos”, afirmou o Secretário Nacional do PS, António Galamba.

“De uma vez por todas, o governo não pode continuar sem esclarecer quais os cortes provisórios que serão definitivos “, disse o dirigente socialista, acrescentando que, depois de se ter comprometido com a troika, o Ministério das Finanças informou ontem que o encerramento de repartições de finanças é um processo “em banho maria”.

“É inaceitável que o governo se esconda atrás das eleições europeias para não dizer quais repartições de finanças que o governo se comprometeu com a troika a encerrar até ao final deste mês e quais as restantes que serão encerradas até ao final de Maio”.

Para António Galamba, “os resultados das políticas do primeiro-ministro e do governo são evidentes no dia-a-dia dos cidadãos e das empresas” mas, pelo contrário, “os compromissos assumidos com a troika nas costas dos portugueses não o são”.

António Galamba lembrou que, apesar da propaganda do governo e das tentativas para distrair a atenção dos portugueses, “a realidade é só uma”. Em janeiro deste ano, explicou, houve mais portugueses inscritos nos centros de emprego e mais casais no desemprego. “São já 13.250 casais, mas a atribuição de subsídio de desemprego diminuiu 14,5%”, vincou.

Por outro lado, os rendimentos do trabalho continuam a ser delapidados enquanto aumentam as grandes fortunas, houve 425 mil desempregados sem qualquer tipo de apoio social e, em apenas um mês, 50 mil crianças e jovens perderam o acesso ao abono de família.

Na saúde, acrescentou António Galamba, multiplicam-se os sinais de rutura no normal funcionamento do SNS. E, todos os meses, há cerca de 12 mil portugueses que perdem apoios sociais e milhares vivem na incerteza sobre o dia de amanhã.

“Perante tudo isto, o governo acha que pode continuar a ser eficaz nos negócios e nos cortes e desleixado no dever de informação e na atenção que devia prestar às consequências sociais e económicas das suas políticas de austeridade”, afirmou António Galamba, concluindo:

“Este é um governo e uma maioria que estabeleceram todos os seus consensos com os cortes cegos, com o empobrecimento e com uma Direita que domina na Europa e transformou o projeto europeu num projeto de medo e de austeridade. É também essa mudança que está em causa a 25 de maio”.