PS estará atento às situações que afectam a liberdade de expressão e manifestação dos …

O vice-presidente da bancada socialista Ricardo Rodrigues considerou “grave” que o relatório da PSP sobre contestação social tenha sido publicado na Comunicação Social 15 dias depois de o primeiro-ministro ter “insinuado” que a polícia teria de “repelir tumultos”.

Em declarações aos jornalistas no final da audição do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, na comissão parlamentar do Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o deputado considerou que “não havendo ingenuidade, este tipo de situação é grave, que o PS não tolera”, advertindo que “não pode haver ameaças de que os portugueses vão ser especialmente vigiados”, situação que “em democracia não existe e nem pode existir”.

Ricardo Rodrigues ligou a “fuga” de um relatório da PSP, que “em princípio é confidencial”, e que saiu no “Diário de Notícias”, às declarações “15 dias antes, do primeiro-ministro, que falava em tumultos e insinuava que esse tipo de manifestações tinha que ser repelida de forma exemplar pelas forças de segurança”.

Ricardo Rodrigues garantiu que “o PS estará atento às situações que afectam a liberdade de expressão e manifestação dos portugueses”, considerando normal que a Polícia faça este tipo de documentos, mas salientando que “não é normal” existir “relatórios insinuando que as polícias vão perseguir determinadas situações que não são legais e legítimas”.