PS está preparado para governar a Região
Na reunião magna que o consagrou como presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo disse que o partido “quer fazer política com princípios, sem privilégios” e que tem a responsabilidade de apresentar uma alternativa política para o futuro da Madeira.
“Estou aqui para dar a cara por um projeto político que tem uma única causa: as pessoas”, sustentou Paulo Cafôfo, adiantando que este projeto quer dinamizar uma transformação económica e social na Região.
O líder dos socialistas madeirenses apontou que o PS tem no topo das prioridades a questão do desemprego e mostrou-se incomodado com o facto de existirem na Madeira 81 mil pessoas em risco de pobreza. “Só o PS tem as respostas para mudar a Região e tem propostas para um futuro diferente”, assegurou.
Cafôfo não esqueceu a crise atual, potenciada pela pandemia, e propôs uma agenda para o emprego e o crescimento da Região Autónoma da Madeira, assente em 5 pilares: Investir na qualificação das pessoas; fixação dos jovens e excelência dos serviços públicos (educação e saúde); ambiente a preservação da paisagem; aposta na modernização tecnológica e na economia do mar e modernização das infraestruturas, que permitam melhorar a competitividade da Região e “não sirvam apenas para deitar betão, para servir clientelismo”.
Por outro lado, o novo líder socialista anunciou que na esta semana o Grupo Parlamentar apresentará na Assembleia Legislativa da Madeira um projeto de decreto legislativo que crie um programa especial de apoio às empresas no âmbito da pandemia de Covid-19. “Trata-se de um programa que propomos que seja de 65 milhões de euros a fundo perdido, particularmente direcionado para as empresas ligadas ao turismo. É uma proposta cujos objetivos são recuperar as empresas, garantir a manutenção dos postos de trabalho e auxiliar a retoma da economia”, explicou.
O dirigente deixou também claro que o PS defenderá, sempre e incondicionalmente, a Autonomia, “uma autonomia que acrescenta território e influência geopolítica ao país e é, sem dúvida, o melhor instrumento político-constitucional para melhorarmos as condições de vida dos madeirenses e porto-santenses”.
Garantindo que os socialistas madeirenses estarão “sempre contra um Estado centralista e que menorize as autonomias”, o líder madeirense mostrou-se confiante que o Governo da República, liderado pelo PS, considere as Regiões Autónomas como uma prioridade nacional nesta fase de recuperação que enfrentamos.
Lembrando que a Região irá receber, no mínimo, 1.400 milhões de euros de fundos comunitários até 2027, Paulo Cafôfo alertou que o dinheiro “não pode ser para os privilegiados do regime”. “Este é um dinheiro que tem de ser distribuído de forma igualitária por todos os madeirenses e porto-santenses”, referiu, acrescentando que a aplicação das verbas “não pode ficar depende de humores do presidente do Governo nem de relações privilegiadas do PSD”. Neste sentido, propôs a criação de uma estrutura idónea que tenha uma palavra a dizer na aplicação destas verbas e acompanhe a sua execução.
Em relação às eleições autárquicas do próximo ano, Paulo Cafôfo adiantou que o objetivo é manter o número de câmaras e aumentar o número de eleitos. “Onde somos neste momento oposição apresentaremos candidatos reconhecidos pela população, com projetos arrojados e os princípios do PS”, disse.
Na sua intervenção, Paulo Cafôfo fez questão de dirigir uma palavra especial ao presidente cessante, Emanuel Câmara, a quem destacou “um importante contributo para a mudança desta terra” e antecipou “um importante contributo para as vitórias que temos os dois novamente pela frente”.
O presidente do PS Madeira deixou ainda palavras de agradecimento ao secretário-geral cessante, João Pedro Vieira, ao até agora presidente da Comissão Regional, Bernardo Trindade, e ao líder da JS Madeira, Olavo Câmara.