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PS está aberto ao diálogo de boa-fé e sem se deixar condicionar

PS está aberto ao diálogo de boa-fé e sem se deixar condicionar

O PS parte para as negociações do Orçamento de Estado “de boa-fé” e com a necessária “abertura para cedências”, mas o Secretário-Geral socialista deixou claro, ontem, em Braga, que o Partido não condicionará o seu sentido de voto pela eventualidade de haver eleições antecipadas, nem aceitará de forma acrítica as propostas do Governo da AD.

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Ao inaugurar a renovada sede da Concelhia do PS/Braga, Pedro Nuno Santos sublinhou que “ninguém pode pedir ao PS que se anule”, reivindicando a necessidade de haver cedências também por parte do executivo de Luís Montenegro, “que sejam importantes para a nossa visão do país”, pontualizou.

Sem menosprezar a importância da estabilidade política do país, o líder socialista voltou a frisar que não teme apresentar-se novamente ao eleitorado, num sufrágio antecipado.

“Não podemos ter medo de eleições e eu não tenho”, insistiu, sublinhando que quem votou no PS “não queria, com certeza, a AD a governar nem o programa da AD”.

“E isto exige de nós sentido de responsabilidade de quem quer evitar eleições antecipadas em Portugal, mas de quem, ao mesmo tempo, tem de ser fiel ao que apresentámos ao povo português”, enfatizou.

De seguida, Pedro Nuno Santos acusou o executivo de Montenegro de governar para as minorias, como o tem demonstrado, de resto, ao avançar com medidas como o IRS Jovem e a descida do IRC.

Esta atuação do Governo está a acentuar, nas palavras do Secretário-Geral, o “fosso entre os que ganham muito e o resto da população”.

O Governo, vincou, “fartou-se de apresentar Powerpoints”, mas “a governação não se mede pelo número de apresentações”.

Em apenas cem dias o Governo falhou

Neste ponto, responsabilizou o executivo da AD pela “instabilidade” que se vive no Instituto Nacional de Emergência Médica – INEM, manifestando-se muito preocupado com a “gravidade” da situação atual.

O caso do INEM demonstra severamente que, passados pouco mais de três meses desde o início de funções, o Governo da direita “já começou a falhar”.

“Governar é garantir que nos sentimos seguros com os nossos governantes e com as decisões que eles tomam e, naquilo que é o concreto, o Governo em cem dias já começou a falhar”, afirmou, lembrando que, no período de governação de Luís Montenegro, já se vai no terceiro presidente do INEM.

Sublinhou depois que o presidente demissionário desta instituição “acusou o Executivo de negligência” e que o segundo “não esteve lá nem uma semana”, acusando também o Governo de não ter garantido condições para o exercício do seu trabalho.

“Estamos a falar de emergência médica. A nossa ansiedade em matéria de saúde é sempre muito grande. Trata-se da nossa saúde e da saúde das pessoas que amamos e por isso é, de facto, uma das áreas mais sensíveis e que mais preocupa o PS, alertou Pedro Nuno Santos.

Entretanto, na sequência da ausência de Luís Montenegro nos encontros com os nove partidos com assento parlamentar que decorrem hoje, em São Bento, sobre o Orçamento do Estado para 2025, o líder socialista fez saber que o PS está a ser representado por uma delegação.

O Secretário-Geral marcará presença em próxima reunião com o primeiro-ministro.

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