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PS está a mostrar trabalho com responsabilidade e compromisso

PS está a mostrar trabalho com responsabilidade e compromisso

Na liderança de uma oposição responsável, o PS optou por uma “bancada de deputados de qualidade que faz o seu trabalho”, ao passo que o executivo de direita preferiu criar um “grupo parlamentar de combate”, apostado numa estratégia de contenda eleitoral antecipada que o Secretário-Geral socialista evidenciou, na noite de ontem, em entrevista à SIC e SIC Notícias.

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“Quem parece que está a trabalhar para eleições é o Governo”, afirmou Pedro Nuno Santos, lamentando que o primeiro mês de ação governativa da direita tenha terminado sem sinais de estabilidade e esperança para o país.

Em vez disso, apontou, “temos visto um Governo de combate contra o Governo anterior, contra o que foi feito, contra as oposições” e “na realidade, chegamos ao fim de 30 dias com pouco mais do que a mudança de um logotipo, mas com muitas demissões e exonerações, mas pouco ou nenhum sinal de futuro e de esperança”.

Numa referência aos compromissos assumidos pelo PS no âmbito do seu programa eleitoral, Pedro Nuno Santos reivindicou que os socialistas não trabalham nem fazem aprovar propostas com o Chega, “mas com as diversas bancadas parlamentares”, como aliás – referiu – foi o caso da eliminação das portagens nas ex-SCUT´s no interior e no Algarve.

“Nós não deixamos de apresentar uma medida em que acreditamos por causa dos partidos que podem votar a favor ou contra ela”, explicou, reiterando “o PS não está na Assembleia da República a assistir. O PS tem iniciativa”.

Contrariando a retórica construída à volta de uma suposta “força de bloqueio” socialista, o Secretário-Geral enfatizou que o sentido de dever democrático dos socialistas não pode confundir-se com autoanulação na vida política nem na dinâmica parlamentar do país.

“Não ganhámos, mas estamos na oposição a trabalhar”, resumiu, recordando as iniciativas socialistas para viabilizar um orçamento retificativo que permitisse avançar com a valorização das carreiras e salários de diversos grupos profissionais da Administração Pública e a solução preconizada pelo PS para desbloquear a eleição do presidente do Parlamento nacional.

“Mas não vamos deixar de existir, de apresentar as nossas propostas, nem de nos batermos por elas”, reafirmou Pedro Nuno Santos, reforçando as críticas que tem feito ao primeiro mês do executivo de Luís Montenegro, voltando a classificá-lo como “um mau Governo”, promotor e “foco de instabilidade”.

Lamentou de seguida as polémicas exonerações e demissões tornadas públicas recentemente, apontado que o Partido Socialista, enquanto Governo, no passado, “sempre soube conviver com figuras de áreas políticas diferentes” em diversos cargos.

Assumindo ter “dificuldade em perceber de outra maneira” um processo de afastamentos vários com traços de “saneamento político”, o líder do PS disse não ser esta “a forma como se devem tratar pessoas que estão a dar de si ao Estado”.

“Não fica bem a ninguém. Não fica bem ao Governo”, criticou.

Debater justiça não é interferir

A questão da justiça esteve presente em muitas das perguntas que foram feitas ao líder do PS, que recordou a iniciativa conhecida a semana passada de várias “personalidades de reconhecido mérito na sociedade portuguesa” que lançaram um debate sobre este tema que deve ser feito no país.

Considerando que “ninguém tem a ganhar com a discussão no Parlamento de um caso judicial concreto” Pedro Nuno Santos defendeu, porém, fazer todo o sentido uma discussão plenária sobre “o funcionamento da justiça e do Ministério Público”.

Neste sentido, apelou a que nenhum político se sinta impossibilitado de falar do tema por “medo ou receio de ser acusado de interferência”.

“Não é interferir, é discutir”, clarificou.

Receber bem sem descuidar quem cá está

A propósito de imigração, Pedro Nuno Santos vincou haver ainda “muito trabalho a fazer em Portugal”, nomeadamente ao nível do combate às situações de entrada e permanência ilegal e da exploração de cidadãos estrangeiros.

“É preciso criar condições para receber quem vem trabalhar, sempre cuidando de quem já cá vivia e trabalhava”, apontou o líder socialista, reconhecendo ser este um “desafio complexo”, no qual a extrema-direita usa um “discurso fácil”, que “não resolve problema nenhum, antes pelo contrário, cria ódio, cria divisão na sociedade portuguesa”, condenou.

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